Convênio recusa internação de Dárcy Vera que aguarda vaga na rede pública

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 10 de setembro de 2018 às 06:59
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:00
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Com quadro de infecção urinária, ela deixou a Penitenciária de Tremembé, onde está presa

A ex-prefeita de Ribeirão Preto (SP), Dárcy Vera (sem partido), aguarda uma vaga no hospital regional para ser internada em Taubaté (SP).

Ela foi levada à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da cidade na quinta-feira (6) depois que o convênio médico dela recusou a internação em um hospital particular. As informações são da Prefeitura e da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).

Na quinta-feira, a SAP informou que Dárcy deixou a Penitenciária II de Tremembé (SP), onde está presa, por volta das 16h, após ser examinada por uma médica nefrologista. Ela tem um quadro severo de infecção urinária e foi escoltada pela polícia até uma clínica particularpara tratar o quadro.

Como o convênio recusou a internação, a ex-prefeita foi levada à UPA, onde permanece. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Taubaté, o quadro de saúde dela é estável.

Dárcy Vera está presa na Penitenciária de Tremembé, SP (Foto: Luciano Tolentino/EPTV )

Problemas de saúde

Na quarta-feira, Dárcy foi condenada a 18 anos e 9 meses de prisão, em regime fechado, por desviar R$ 45 milhões dos cofres públicos de Ribeirão Preto. Outras cinco pessoas foram sentenciadas na ação de fraude no pagamento de honorários advocatícios, entre elas o ex-secretário de Administração na gestão dela, Marco Antônio dos Santos.

A ex-prefeita está presa desde maio de 2017 por ter recebido propina. Antes da sentença, Dárcy Vera havia escrito uma carta à defesa solicitando ao Ministério Público o tratamento hospitalar para controlar uma grave infecção de urina. Ela lembrou que passou por problema semelhante em 2013, quando ficou internada em Unidade de Terapia Intensiva por 11 dias.

Na segunda-feira (3), a Justiça determinou que a ex-prefeita seja submetida a avaliação de um médico da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). O laudo vai apontar a gravidade da doença que, segundo a defesa, é persistente aos medicamentos ministrados na Penitenciária.

Segundo o juiz Lúcio Alberto Eneas da Silva, da 4ª Vara Criminal, o documento deve determinar “se a permanência no cárcere pode impedir ou dificultar o tratamento necessário para combater a referida doença”.

Os advogados afirmam que Dárcy corre risco de morte.


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