​Consumidor terá que pagar R$ 16 bilhões a mais na conta de luz. Veja aqui

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 23 de junho de 2020 às 17:24
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:53
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Governo empresta este ano para as distribuidoras e consumidores vão pagar a partir do ano que vem

A Agência Nacional de Energia Elétrica ( Aneel ) definiu que as distribuidoras de eletricidade serão socorridas com um empréstimo de até R$ 16,25 bilhões, por conta da crise causada pelo novo coronavírus (Sars-Cov-2) .

A diretora da Aneel,  Elisa Bastos , relatora do processo, disse que o encargo permanecerá na conta de energia pelo tempo necessário para pagar todo o empréstimo. A previsão é que isso ocorra dure até 2025.

“A partir de 2021, por ocasião do processo tarifário de cada distribuidora, as quotas serão repassadas às tarifas a serem aplicadas pelas distribuidoras aos consumidores finais e permanecerão pelo tempo necessário à amortização das operações de crédito”, disse a diretora.

O valor terá impacto nas contas a partir de 2021. O empréstimo virá de um conjunto de bancos, coordenados pelo BNDES .

Os custos serão divididos entre o setor e os consumidores. O financiamento terá impacto nas contas de luz a partir do ano que vem, quando começará a ser pago.

O custo está sendo avaliado para cada distribuidora, e só será divulgado quando o contrato for assinado. 

A parcela do empréstimo que será destinada a cada empresa será diferente. Por isso, o valor que será pago por cada consumidor também vai variar. Nesta terça-feira, Aneel definiu que o empréstimo não poderá superar os R$ 16,1 bilhões.

O objetivo é que a ajuda garanta a manutenção do caixa das empresas. Além disso, diz o governo, o socorro vai evitar um aumento generalizado na conta neste ano e no próximo. 

Isso seria causado causado pela alta do dólar (que impacta o preço da energia de Itaipu), pela queda na demanda e por reajustes nos contratos das transmissoras de eletricidade.

Além do empréstimo, as empresas poderão pedir a revisão dos contratos em vigor, num processo chamado de reequilíbrio econômico-financeiro. 

Isso também será avaliado caso a caso, e pode levar a aumentos extraordinários nas contas, altas diluídas nos próximos anos e redução de investimentos. As empresas estão aguardando o empréstimo para avaliar os pedidos de reequilíbrio.


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