Consumidor quer comprar móveis, eletrodomésticos e carro no ano que vem

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 17 de agosto de 2019 às 19:22
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:44
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Além de produtos, os entrevistados apontaram diversos serviços que gostariam de contratar no mesmo período

Três por cento, de um total de 1500 pessoas pesquisadas, têm interesse de comprar móveis, eletrodomésticos e carros, no próximo ano.

Os dados fazem parte do levantamento “O Varejo Pelo Olhar do Consumidor”, do Instituto Locomotiva, que ouviu brasileiros com 18 anos ou mais, entre os dias 15 e 28 de junho. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais.

De acordo com o levantamento, no quesito demanda, os brasileiros pretendem comprar produtos de diferentes categorias nos próximos meses. Os entrevistados podiam citar mais de um tipo de item. Por isso, a soma de todas as respostas ultrapassa os 100%.

Três categorias empataram na primeira colocação: 33% manifestaram interesse em comprar móveis, eletrodomésticos e carro. Na sequência, aparecem smartphones, casa própria, notebook, smart tv, tablet, moto e bicicleta.

Pesquisa aponta para Serviços

Além de produtos, os entrevistados apontaram diversos serviços que gostariam de contratar no mesmo período. O campeão de interesse foi o item viagem de avião nacional, apontado por 37% deles; 23% citaram viagem de avião internacional; 12% querem contratar um serviço de TV por assinatura; 11% pretendem adquirir serviço de streaming de vídeos; e 6%, streaming de músicas.

Consumidor quer ser ouvido

83% dos consumidores afirmaram que queriam ser mais ouvidos pelas empresas, segundo afirma Renato Meirelles, presidente do Instituto de pesquisas Locomotiva. “As pessoas (empresas) acham que se conectar nesse mundo digital é simplesmente estar na internet. O que o consumidor está dizendo nesta pequisa é que ele quer ser ouvido. Sair da comunicação analógica para digital não é mudar de meio, é mudar de postura”, enfatiza.

Ele afirma que “se eu uso um banner só para falar de preço, e não ouço o consumidor, eu continuo tendo nos meios digitais uma comunicação analógica. E, assim, não tem jeito desse consumidor se sentir satisfeito”, conclui Meirelles.

Agora, os consumidores querem produtos que têm a ver com a sua personalidade, segundo a pesquisa. “O que nós estamos dizendo com isso é que mudou quem é o protagonista. Nós tivemos no século 20, um protagonismo que estava nas marcas. Elas diziam para o consumidor que ele só seria alguém se comprasse aquele determinado produto”, lembra o especialista.

Outro ponto levantado por Meirelles é que o e-commerce não é concorrente do varejo, é uma condição fundamental para sobrevivência do setor: “O varejo tem que ser multicanal, as marcas de varejo têm que se posicionar como multicanal porque o consumidor já é assim, mas as marcas ainda resistem”.

Ele afirma que a multicanalidade faz com que o mercado de torne mais competitivo e o cenário, mais desafiador para o varejo. “Na prática, só sobreviverão os formatos de loja e as marcas que conseguirem ter uma clara proposta de valor para o consumidor”, conclui.


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