Constatação: Mercados de bairro se consolidam como tendência para o varejo

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  • Publicado em 17 de agosto de 2018 às 17:44
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:57
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2º maior ramo do país em número de pequenos negócios, setor aposta no relacionamento próximo com cliente

Proximidade, ofertas especiais, qualidade do hortifrúti, das carnes e embutidos do açougue e a variedade na padaria são alguns dos pontos que cativam os consumidores nos mercados de bairro. Segundo a última pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae, em 2015, sobre os minimercados no Brasil, este é o segundo maior ramo do país em número de pequenos negócios e representa 6% do produto interno bruto (PIB) do Brasil. No setor supermercadista, os minimercados representam 35% das vendas. “Acreditamos muito no comércio de vizinhança e nossa estratégia de trabalho é em boa parte voltada para o atendimento desse segmento”, destaca Tiago Bocchi, proprietário do Comercial Bocchi, distribuidor atacadista que atende supermercados, mercearias, panificadoras, lojas de conveniência e os setores de food service e hotelaria.

Tiago observa que a evolução da atitude empresarial dos mercados de bairro é nítida e o segmento tem se estruturado cada vez mais para melhorar a comercialização dos produtos e o atendimento ao público. O objetivo é que o consumidor encontre o que precisa com preços atrativos e se sinta à vontade, além de minimizar o impacto das novas tecnologias e a mudança de estratégia dos grandes players. “Como extensão da indústria, temos o papel de auxiliar nossos clientes a entender e atender as novas demandas, fortalecendo-os e permitindo que tenham acesso a marcas importantes e condições comerciais para obter lucro. Acreditamos que o empreendedorismo e a expertise empresarial do pequeno varejista é a sua grande fortaleza”, acrescenta o empresário.

Desempenho positivo no comércio gera investimento no mercado imobiliário

Um reflexo do crescimento desse nicho do mercado varejista é a ampliação da Bocchi. Há quase 20 anos em um imóvel da DCL Real Estate, a empresa se prepara para no próximo ano realizar o sonho de ter um imóvel próprio. O empresário projetou a nova sede com foco na eficiência logística, estrutura de armazenagem e movimentação adequadas ao seu tipo de atividade a exemplo do galpão que ocupa hoje na Vila Hauer. Estar em um local com canais de escoamento rápido para bairros periféricos e região metropolitana fez parte dos acertos do empresário.

Para o Tiago, optar pela locação do imóvel no início de sua atuação foi importante para a estruturação da Bocchi. Os recursos que seriam utilizados para construir a sede foram direcionados para aumentar os estoques, investir na diversificação do mix de produtos e expandir a área de atuação.


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