Conserto do poço da Avenida 5 em Guaíra custará R$ 500 mil reais à cidade

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  • Publicado em 10 de outubro de 2018 às 17:41
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:04
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Em meio ao déficit orçamentário, DEAGUA deve optar por alternativa com vazão pela metade

Em nota oficial o DEAGUA informa a toda população que após a execução da retirada do equipamento de bombeamento pela empresa Uniper foi constatado que o diafragma de fundo da bomba se encontrava perfurado, a bucha do anel de um dos bombeadores estava solta e havia indícios na bomba de que a mesma trabalhou com nível dinâmico crivando, ou seja, o ponto final de sucção estava acima do nível da água. Em suma a bomba trabalhou seca como já suspeitavam os técnicos da autarquia.

Ainda de acordo com a empresa Uniper empresa que realiza serviço de verificação específica para este tipo de problema, perfilagem óptica demonstrou que a coluna de revestimento (filtros) do poço está cheio de oxidação e argilosidade, ocasionando a diminuição da vazão nominal e específica. Constatou-se também que o nível estático (profundidade em que está a bomba) atual se encontra aos 100,65 mil metros.

Se instalar imediatamente a bomba reserva que tem vazão de trabalho entre 210 e 350 mil litros por hora, estrangulando a vazão para uns 100 mil litros por horas, a mesma vai trabalhar com pouca refrigeração e totalmente abaixo da sua capacidade, colocando o equipamento em risco, segundo o relatório técnico.

Nesse contexto a realização de uma limpeza com ações físicas e químicas para a desobstrução dos filtros é recomendada, na tentativa de melhoria do funcionamento. Contudo, se o DEAGUA optar por manter a bomba atual e com a limpeza isso exigirá uma operação do corte do revestimento do poço de 8 polegadas de bitola à 144,50 metros de profundidade, segundo a empresa Uniper.

Considerando esse cenário em uma cotação preliminar com a própria Uniper, a mesma orçou o serviço de manutenção corretiva nos termos acima em R$ 578.031,00.

“Em que pese que esse valor seja licitado, e em tese pode diminuir na concorrência, ainda sim a expectativa do gasto é de meio milhão de reais”, comentou Lucas Froner Diretor do DEAGUA.

PROVIDÊNCIA

Com base no relatório técnico, o DEAGUA já está providenciando as cotações de preço e avaliando uma medida alternativa para que o poço possa voltar a bombear a água, ainda que, com uma vazão menor, contudo, o custo médio de um conjunto moto bomba para vazão 100 mil litros por hora é de R$ 49.181,50 além do valor já empenhado de R$ 60.150,00 totalizando uma despesa aproximada de R$ 109.331,50.

SOLUÇÃO

O DEAGUA está levantando todos os custos para tomar a decisão mais acertada e solucionar o problema o mais rápido possível, contudo, o atual cenário orçamentário e fiscal do DEAGUA não é favorável, visto que, no último mês foram devolvidos R$ 227.391,00 referentes à Ação Civil Pública e atualmente o DEAGUA acumula aproximadamente R$ 477.022,51 em valores a receber das contas em atraso dos cidadãos guairenses, de acordo com o Diretor do DEAGUA.

Apesar do serviço de suspensão (corte) de água estar em vigor desde setembro de 2017 a inadimplência é muito alta seja pela condição econômica do cidadão, seja pela sua acomodação, comentou o Diretor do DEAGUA.

“Já ouvi na fila da lotérica as pessoas dizerem que esperam acumular duas ou mais contas para pagar, pois o valor é muito baixo” comentou Lucas Froner.

A partir deste mês até dezembro estaremos enviando as notificações de débito para mais de 3.000 imóveis residenciais e comerciais na tentativa de recuperar esses valores em atraso.

Da mesma forma já foram assinados os convênios com o Instituto de Estudos de Protestos de Títulos do Brasil – seção de São Paulo e os tabeliães de notas e de protesto de letras e título de Guaíra e o Cartório de Registro de Imóveis no sentido de iniciar o protesto de contas de pequeno valor, bem como, com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo relativos às Execuções Fiscais.

A autarquia está enviando também as notificações aos proprietários de imóveis para atualização cadastral e orientar aos proprietários locadores de imóveis sobre a necessidade de identificar o locatário (inquilino) como forma de se resguardar de ter que pagar pelo consumo do inadimplente.

POPULAÇÃO TEM QUE AJUDAR

De fato a Estação de Tratamento de Água (ETA) Manoel Joaquim de Almeida e o Poço Profundo Alcineu Eleodoro (do Tonico Garcia) são capazes de manter a cidade abastecida, no entanto, o Chefe de Divisão de Manutenção da Rede de Água e Esgoto, José Natal Pereira já tomou as providencias para contingenciar o serviço de abastecimento e assegurar o mesmo, contudo, há necessidade de que a população dos bairros Reynaldo Stein, Portal do Lago, Eldorado, Bom Jesus, Vivendas, Nobre Ville I e II, Palmares, Aniceto, Tonico Garcia e principalmente do Centro da cidade reduzam o consumo de água, no período das 17h às 21h e aos finais de semana limitando-se ao uso para as necessidades essenciais.

A direção da autarquia acredita que se a população colaborar com a quitação de seus débitos e a redução de consumo nesses períodos críticos há possibilidade da cidade atravessar esse momento adverso com o mínimo de transtorno, dentro das boas práticas de cidadania e colaboração mútua.

FIM DE SEMANA

O problema de falta de água no final de semana ocorreu devido a avaria na adutora na altura da avenida 29 com a rua 42. “Logo que tomou ciência do problema, o DEAGUA  mobilizou equipe para o conserto e tomou todos os procedimentos para avisar a população, com notas em rádio, rede sociais e no site do DEAGUA, sendo que o abastecimento começou a ser normalizado a partir das 14h. Lembrando que devido a logística e alto consumo, o reabastecimento foi gradual, demorando um pouco mais em alguns bairros. Aproveito a conclamar para que a população mantenha o consumo consciente evitando desperdício,mas já estamos em processo de contratação de empresa para recuperar o poço da avenida  5”, ressalta o Diretor do DEAGUA, Lucas Froner de Oliveira.


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