Consequências do consumo exagerado de açúcar vão muito além do diabetes

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  • Publicado em 22 de setembro de 2017 às 18:03
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:21
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Consumo diário do produto não deve ultrapassar 5% da alimentação diária, o que equivale a apenas 25 gramas

Fonte de energia, o açúcar está presente em diferentes alimentos, sejam naturais ou industrializados. Seu consumo em quantidades adequadas não é o vilão da saúde, mas, em excesso, acarreta problemas em várias partes do organismo.

Normalmente associada ao diabetes, a ingestão exacerbada do açúcar implica em outras complicações ao metabolismo. A endocrinologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Sandra Mara Villares, explica que, após consumido, o açúcar passa por um processo no corpo.

“O açúcar é absorvido pelo intestino, levado ao fígado e então usado como fonte de energia ou armazenado em forma de glicogênio, que são várias moléculas de açúcar grudadas umas nas outras. Outro lugar onde há essa reserva é no músculo”, afirma a médica.

O perigo está quando neste caminho há quantidades elevadas de açúcar. De acordo com a endocrinologista, o corpo não tem capacidade de fazer uma grande reserva da substância, e acaba armazenando esse excedente em forma de gordura.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é conveniente que o consumo diário do produto não ultrapasse 5% de toda alimentação diária, o que equivale a apenas 25 gramas.

Sandra Mara Villares aponta ainda que o ganho de peso é uma das consequências sentidas por esse mau hábito, levando à síndrome metabólica, com estoque de gordura no fígado, pâncreas e músculos.

“Na tentativa de facilitar a entrada do açúcar na célula, o pâncreas produz mais insulina, que é o hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue”, complementa a especialista.

Para amenizar esses problemas, Sandra Mara Villares enfatiza a importância de praticar exercício e uma dieta balanceada. Um estilo de vida saudável pode fazer com que os índices de açúcar e insulina retomem a normalidade.