Conheça as desculpas mais usadas pelos motoristas imprudentes

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 17 de novembro de 2017 às 18:41
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:26
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Pressa, falta de atenção, trajetos curtos e a falsa ideia de controle estão entre as principais

Em 2017, pelo segundo ano consecutivo, a Arteris, uma das maiores empresas no setor de concessão de rodovias, realizou uma pesquisa nacional para avaliar o comportamento dos motoristas no trânsito. O estudo examinou também as principais justificativas dadas ao admitir um comportamento de risco.

Aspectos com uso de cinto de segurança, dirigir após consumir bebidas alcoólicas, excesso de velocidade e uso do celular ao volante, entre outros, foram abordados pela pesquisa. O único ponto em que a pesquisa apóntou uma melhoria com relação aos dados levantados em 2016 foi com relação ao cumprimento dos limites de velocidade. Em 2017, 50,3% dos motoristas entrevistados declarou obedecer os limites de velocidades estabelecidos, contra 51,3% em 2016. 

Mesmo ciente dos riscos e das leis e suas punições, os motoristas imprudentes crêem que desculpas como pressa, falta de atenção, trajetos de curta distância ou até mesmo a confiança de poder guiar após consumir bebida alcoólica podem justificar o comportamento errado no trânsito e que coloca em risco, não só a sua segurança ou mesmo a vida, mas a de outras pessoas também.

Esse tipo de atitude reforça a tese de que é preciso investir, cada vez mais, em ações de sensibilização e de educação para que, de fato, as estatísticas sejam revertidas e a insegurança no trânsito deixe de ser uma das principais preocupações globais da atualidade. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 1,25 milhão de pessoas perdem a vida no trânsito, por ano, ao redor do mundo. No Brasil, cerca de 40 mil mortes a cada ano são registradas, conforme dados do Ministério da Saúde.

Entre todas as infrações, a mais recorrente é o uso do celular ao volante. Os 51,9% dos motoristas brasileiros, mesmo sabendo da proibição e do risco, fazem uso do aparelho enquanto dirigem, com a justificativa de recorrer a algum tipo de aplicativo que possa auxiliar no trânsito ou o recebimento de chamadas importantes.

Outra questão é o uso de cinto de segurança, que é obrigatório para motoristas e passageiros. Dos motoristas brasileiros, 91% faz uso do equipamento, o restante alega que por falta de atenção, muitas vezes não exigem que os passageiros usem ou mesmo deixam de usar em trajetos curtos.

Mesmo com a lei mais severa que pune motoristas que forem flagrados dirigindo após o consumo de àlcool, 25,6% admitiram que, ainda que raramente, dirigem depois de beber.

O excesso de velocidade pode facilitar a perda de controle do motorista sobre o veículo, aumentando a gravidade dos acidentes e as consequências para as vítimas, além de ser considerada infração gravíssima pelo Código de Trânsito Brasileiro. Esta é a segunda infração mais registrada no país entre as que foram analisadas pelo estudo, entre as desculpas dadas pelos motoristas estão a pressa, e limite de velocidade baixo e até mesmo a falta de atenção.


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