Confira sete dicas para identificar notícias falsas sobre saúde

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 12 de outubro de 2018 às 09:08
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:05
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Ao dar preferência a sites oficiais e veículos de confiança, cidadãos terão informações seguras

Muitas das notícias falsas prejudicam as campanhas de vacinação no País

Avalie forma e conteúdo

Páginas que publicam fake news não apresentam um trabalho cuidadoso com a informação. Geralmente, há erros de português, de formatação, letras em caixa alta (maiúsculas) e uso exagerado de pontuação. Além disso, o cidadão deve desconfiar de tudo o que é muito polêmico. Confira mais informações na página especial do governo federal

“Informações falsas geralmente se utilizam de temas em alta, que estão sendo muito falados”, explicou o chefe da Assessoria de Imprensa e Informação do Ministério da Saúde, Renato Strauss.

Dê preferência a veículos oficiais

Muitas vezes, as páginas nas quais são publicadas notícias falsas se parecem muito com páginas de confiança, oficiais ou de veículos de imprensa, com as quais você está acostumado. Portanto, observe em especial a terminação da URL (endereço virtual) da página.

“Se o site não for terminado em .com; .com.br; ou .gov.br, pode ter informações equivocadas ou mesmo vírus que podem danificar seu computador ou dispositivos móveis. A terminação .gov.br indica que a página é de uma instituição pública, que possui responsabilidade pela informação prestada”, explicou Renato Strauss.

Pesquise, pesquise, pesquise

Se alguma notícia bombástica ou chocante não estiver em nenhum outro site, desconfie. “Se o fato é tão bombástico, é claro que um site de evidência nacional ou regional também vai noticiar. Dê preferência a esses”, aconselhou Strauss.

Confira a data da publicação

É muito comum alguns temas voltarem ao noticiário e às redes sociais de forma recorrente, principalmente quando são relacionados à saúde. Boatos são exaustivamente negados, mas sempre voltam à tona. Por exemplo, como o das vacinas.

“Uma notícia falsa que sempre circula é a de que vacina causa demência. Essa teoria originou-se há mais de 10 anos, de um profissional inglês que foi punido e teve a licença cassada.”

Leia mais que só o título e o subtítulo

Títulos e manchetes chamativas captam a atenção do internauta. Muito frequentemente, as pessoas dão aquela informação como certa. Por isso, confira sempre qual o conteúdo que acompanha.

“Isso é muito comum em vídeos do YouTube”, explicou Strauss, “nos quais a imagem que aparece na capa do vídeo traz informações que não são sequer parecidas com o conteúdo.”

Na dúvida, não compartilhe

Fake news são nocivas em qualquer contexto, mas, quando se trata de saúde, uma informação falsa vai ter necessariamente uma consequência negativa, de acordo com o chefe da comunicação do Ministério da Saúde.

“Você pode estar induzindo uma pessoa muito próxima de você, que muitas vezes está no mesmo grupo de WhatsApp dos amigos ou da família, a um equívoco que vai levá-la a um problema de saúde. As pessoas confiam em você, não vão desconfiar que um parente ou amigo próximo vai compartilhar uma informação equivocada que pode provocar prejuízos.”

Campanhas

A equipe de comunicação do Ministério da Saúde, desde 2008, mantém diálogo com os cidadãos nas redes sociais, além de fazer monitoramentos constantes em sites como o Twitter e o Facebook. O surgimento do WhatsApp, uma rede fechada, representou uma dificuldade para monitorar as informações compartilhadas.

Campanha digital lançada pela Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República também reforça a importância de obter informações reais sobre saúde.

O Saúde Sem Fake News é uma ferramenta para manter o cidadão informado da veracidade ou não daquilo que é compartilhado nas conversas do aplicativo. Funciona assim: o cidadão recebe alguma informação suspeita no app e repassa diretamente ao ministério, que responde informando se aquela notícia é falsa ou verdadeira.

A resposta geralmente chega em cerca de 24 horas, com exceção daquelas que necessitam uma apuração mais aprofundada e cuidadosa. “O objetivo é romper essa cadeia de informações equivocadas. Em três semanas, já recebemos mais de 2 mil mensagens”, afirmou Renato Strauss.

Recebeu alguma informação suspeita no WhatsApp ou em outras redes sociais?
Entre em contato com o Ministério da Saúde pelo Saúde Sem Fake News, pelo número (61) 9-9289-4640.

Clique aqui para conferir informações e notícias que já foram avaliadas pela pasta


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