Confiança no setor Agro cresce após eleição de Bolsonaro

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 31 de outubro de 2018 às 06:58
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:07
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Incertezas acerca da economia esfriaram os ânimos no País

Incertezas acerca da economia esfriaram os ânimos no País

O Índice de Confiança (IC Agro) subiu 1,9 ponto ante o segundo trimestre e atingiu 100,3 pontos no terceiro trimestre de 2018, mostrando que os empresários do agronegócio brasileiro ficaram moderadamente otimistas.

Houve avanço também no Índice de Confiança da Indústria (Antes e Depois da Porteira), que subiu 0,8 ponto, atingindo 99,3 pontos. Porém observa-se um comportamento distinto entre as empresas “antes da porteira”, que englobam insumos agropecuários, e cuja desconfiança aumentou – e as indústrias situadas “depois da porteira”, do setor de alimentos, que melhoraram o humor.

Na indústria “antes da porteira”, a queda no 3º trimestre foi de 3,8 pontos, para 95,4 pontos. As incertezas com relação à economia brasileira pesaram para o esfriamento dos ânimos. Mas nem todos os aspectos que compõem o índice são negativos. “De fato, a percepção sobre as condições do negócio melhorou no trimestre diante de entregas recordes de fertilizantes em julho, agosto e setembro, que mostraram recuperação frente à greve dos caminhoneiros e à indefinição dos fretes”, disse Roberto Betancourt, diretor titular do Departamento do Agronegócio (Deagro) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

No acumulado do ano, as entregas de fertilizantes somaram 25,9 milhões de toneladas, 4,4% acima do recorde registrado no mesmo período do ano passado. O setor de máquinas agrícolas também mostra sinais de recuperação. As vendas de junho a setembro são 18% maiores do que no mesmo período de 2017.

Já as indústrias “depois da porteira” recuperaram um pouco da confiança no atual levantamento. O índice desse segmento chegou a 101,0 pontos, alta de 2,7 pontos, o suficiente para sair de uma faixa moderadamente pessimista.

A recuperação se deve à melhora da percepção em relação às condições atuais do setor. “É bom lembrar, por exemplo, que no terceiro trimestre houve a retomada das negociações de grãos”, destacou Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Favorecidas pela guerra comercial entre Estados Unidos e China, as exportações brasileiras de soja seguem em ritmo forte e o mercado já trabalha com a possibilidade de chegarem a 80 milhões de toneladas

(( * Com infomações do DCI – Diário de Comércio e Indústria)


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