Comunidade LGTB conquista mudanças em registro de ocorrências policiais

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 6 de novembro de 2015 às 14:15
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:30
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Boletins de ocorrência incluirão nome social e informação de discriminação por orientação sexual

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O secretário da Segurança Pública Alexandre de Moraes participou na manhã de quinta-feira (5) de solenidade em comemoração aos 14 anos da Lei Anti-homofobia (nº 10.948/01), sancionada pelo governador Geraldo Alckmin, em 5/11/2001.

Ainda durante o evento, o secretário apresentou o relatório final do Grupo de Trabalho (GT) sobre Segurança Pública e diversidade. São Paulo foi o primeiro estado do país que, ao promulgar a Lei Estadual 10.948/2001, criminalizou todo o tipo de homofobia. Quando titular da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, em janeiro de 2002, o secretário Alexandre de Moraes rapidamente regulamentou a lei estadual.

Em setembro de 2013, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) criou um Grupo de Trabalho para desenvolver ações destinadas ao aprimoramento das políticas públicas estaduais referentes à diversidade sexual, no âmbito da SSP. Após diversas discussões, o grupo apresentou um relatório com 14 propostas.

Uma das ações visa criar um espaço, no sistema de registro de boletins de ocorrência (BOs), para declaração facultativa do nome social, orientação sexual, identidade de gênero e motivo presumido de discriminação e violência motivada por orientação sexual e identidade de gênero. A mudança também valerá para o BO eletrônico, feito através da Delegacia Eletrônica.  

A partir de agora os boletins de ocorrência poderão incluir o nome social das vítimas, assim como a informação de discriminação por orientação sexual. É uma grande conquista e avanço, que possibilitará o mapeamento estatístico e um combate eficaz aos criminosos que praticarem esses delitos.

Outra proposta do relatório está relacionada aos cursos de formação dos policiais civis e militares do Estado, que terão a disciplina de Direitos Humanos ampliada para abordar a diversidade sexual. As aulas serão obrigatórias e contarão com palestras realizadas por militantes LGBT.

Entre outras ações, a Secretaria da Segurança Pública deverá desenvolver pesquisas, a partir de seus bancos de dados, para consolidar informações e estatísticas específicas relacionadas à população LGBT e a crimes resultantes de discriminações homofóbicas.


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