Comum no inverno, neblina exige cuidado redobrado no trânsito

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 2 de julho de 2019 às 09:59
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:38
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Recomendação das autoridades é que os motoristas prestem atenção ao volante para evitar acidentes

Um levantamento feito pela Agência de Transporte Rodoviário (Artesp) aponta que o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) é o local do estado onde é mais frequente a ocorrência de neblina durante o inverno, principalmente na região da serra. 

Mas na região de Franca, existem pontos em que a neblina ou os nevoeiros são comuns no inverno. Na Cândido Portinari existem pontos de neblina nas proximidades do Rio Sapucaí e no entorno de Batatais.

Em direção à Minas Gerais, é comum o nevoeiro na antiga curva da morte e nos quilômetros seguintes.

Na Ronan Rocha, entre Itirapuã e a divisa com Minas Gerais são comuns as neblinas no período da manhã.

Por isso, a recomendação das autoridades é que os motoristas prestem atenção ao volante para evitar acidentes.

De acordo com a agência, os pontos mais críticos são na Via Anchieta, do Km 32 ao Km 44, e na SP-040 (interligação Anchieta-Imigrantes), ambos em São Bernando do Campo.

Na Rodovia dos Imigrantes, o trecho com mais risco de nevoeiro para os condutores vai do Km 38 ao Km 46, entre São Bernardo do Campo e São Vicente.

Sempre que o fenômeno atmosférico deixa a visibilidade dos motoristas a baixo de 100 metros, a concessionária Ecovias e a Polícia Militar Rodoviária realizam a Operação Comboio. 

Nessa ação, os carros que seguem rumo ao Litoral Paulista são represados nas praças de pedágio (nos Kms 31 da Anchieta e 32 da Imigrantes).

“Nessas situações de emergência, os veículos só podem trafegar escoltados por viaturas da Polícia Rodoviária e da concessionária, a uma velocidade máxima de 40 km/h, como medida de segurança”, informa a Artesp, em nota.

Arquiteto e urbanista especialista em trânsito, Newton Fiori Júnior diz que o primeiro cuidado a tomar é ficar de olho na velocidade. 

“A recomendação é reduzir em 20% em relação ao limite permitido na rodovia. Fazendo isso, os riscos de acidentes diminuem consideravelmente”, recomenda.

Outra orientação é manter uma distância de segurança do veículo da frente. Mas de que forma, se a visibilidade está prejudicada? 

Fiori Júnior ensina a regra dos dois segundos. “Escolha um ponto na estrada. Pode ser uma árvore ou uma placa. Quando o carro que vai à sua frente passar por essa referência, comece a contar mentalmente: 1.001 e 1.002. Se você passou antes desses dois segundos neste lugar, diminua”.

Erro comum

O especialista lembra que muitas pessoas têm o hábito de ligar o pisca-alerta quando estão no meio de uma neblina. O que é um erro, como faz questão de frisar. “É a pior coisa. Quem vem atrás vai entender que tem um carro parado, vai tentar desviar e podem ocorrer colisões”.

O certo a fazer é usar o farol baixo, e nunca o alto. “O farol alto é para quando você está sozinho na estrada e precisa de mais iluminação. No caso do nevoeiro, é necessário enxergar de perto. O farol de milha também ajuda nesse sentido”. 

Entenda

Nevoeiro e neblina são, essencialmente, a mesma coisa. O que difere é a visibilidade. Na neblina, consegue-se ver além de um quilômetro. Na névoa, a distância é menor.

A formação dos dois é idêntica: o ar quente e úmido, quando em contato como sol, o frio ou uma superfície líquida resfriada, perde o calor e este se transfere para o solo ou para a água gelada. O resfriamento forma o vapor.

A estação do ano em que o fenômeno mais aparece é o inverno, devido à menor incidência de chuvas.


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