​Com saída de Ministro, cai a francana Juliana Pereira, da Defesa do Consumidor

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 2 de março de 2016 às 15:49
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:39
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Francana especialista em defesa do consumidor era “sobrevivente” junto com Gilmar Dominici

Juliana Pereira, com a presidente Dilma (Foto Arquivo JF)

Na carona da saída do Ministro da Justiça do Governo Dilma, José Eduardo Cardozo, que vai para a AGU – Advocacia Geral da União -, uma das vítimas da “ciranda” das cadeiras em Brasília será a francana Juliana Pereira, especialista em Defesa do Consumidor, chefe do Procon de Franca no Governo Gilmar Dominici (PT) e que ocupava até hoje a Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor.

O substituto de Juliana ainda não foi indicado, mas tudo indica que será um baiano, do circulo político do Ministro da casa Civil, Jacques Wagner. Com a saída dela, o único francano que continua no Governo Dilma é o ex-prefeito de Franca, Gilmar Dominici, que está na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e tem relação direta com os Municípios brasileiros.

No Ministério da Justiça desde setembro de 2003, Juliana Pereira foi Assessora Especial da Secretaria de Direito Econômico, Coordenadora Geral do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (SINDEC), Diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) de novembro de 2010 a junho de 2012.

O ex-prefeito Gilmar Dominici, por não ser ligado a Cardozo, como era Juliana, sobrevive no segundo escalão do Palácio do Planalto. Dominici, 57 anos, ingressou na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República em 2007, onde atuou como assessor especial até 2014, quando foi promovido à subchefe de assuntos federativos.

Antes disso, foi vereador (1989 a 1996) e duas vezes prefeito de Franca (1997 a 2004). Em 2003, acumulou a função de prefeito e vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios, onde esteve até 2006.

Juliana Pereira foi galgando cargos importantes no segundo escalão do Governo Dilma, especificamente no Ministério da Justiça, junto com Cardozo que caiu em desgraça com o PT por, supostamente, não conseguir dominar a Polícia Federal que tem investido insistentemente na apuração de crimes do maior cacique petista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Secretária Nacional do Consumidor, Juliana Pereira (Foto Arquivo JF)

Com a saída de Cardozo, passou a ser o “todo poderoso” dos Gabinetes do Palácio do Planalto, o Ministro da Casa Civil, o ex-governador da Bahia e aliado de Lula, Jacques Wagner.

Juliana, entretanto, não foi demitida. Ela preferiu pedir para sair depois que Cardozo foi exilado na AGU por Dilma que assimilou a pressão petista contra o ex-ministro da Justiça.

O Ministro Jacques Wagner nega articulações no Ministério da Justiça e afirma que não interfere nas nomeações. Segundo ele, quem vai decidir as indicações do segundo escalão será o novo Ministro da Justiça, o promotor Wellington César Lima, indicado por ele. Wagner também deve emplacar o promotor baiano Paulo Modesto, na Secretaria Nacional de Justiça. 


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