Com grave crise, indústria de materiais acumula queda de 7% em 2017 no Brasil

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  • Publicado em 12 de junho de 2017 às 17:27
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:13
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Vendas continuam negativas pelo alto nível do desemprego e dificuldades com crédito

O Índice da ABRAMAT – Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção – de maio mostra que as vendas continuam negativas, principalmente pelo alto nível do desemprego, dificuldades com crédito e a crise política que afetam a confiança dos agentes econômicos, postergando o consumo e os investimentos no setor. O faturamento total das vendas dos materiais de construção caiu 6,6% no mês de maio em relação ao mesmo mês de 2016. Já o acumulado dos últimos 12 meses apontou queda um pouco mais intensa de 8,9%. O crescimento de 8,8% em maio comparado ao mês anterior se explica pelo número de dias úteis maior no mês corrente.

Em se tratando de emprego na indústria de materiais de construção, o Índice revela que maio apresentou queda de 5,4% na comparação com o mesmo mês de 2016, e a variação acumulada de 12 meses mostra retração de 7,9%.

“Embora o varejo de materiais apresente um crescimento nesses primeiros meses do ano, os segmentos do imobiliário e da infraestrutura continuam com queda expressiva nas vendas por conta da instabilidade política e de fatores como desemprego e política de juros pouco atrativa. Nossa expectativa mais otimista é de um início de recuperação nesses segmentos (imobiliário e infraestrutura) a partir do segundo semestre”, revela Walter Cover, presidente da ABRAMAT.

Para o segmento de base e acabamento, o faturamento das vendas dos materiais, em maio frente ao mesmo mês de 2016, apresentou variações de -6% e de -7,5% respectivamente. Já o acumulado no ano, encerrado em maio, apresentou queda de 7,1% para base e 6,9% para acabamento.

Apesar de maio ter encerrado com variação negativa de 7%, no acumulado do ano, Walter Cover destaca que o valor está próximo com a progressiva desaceleração das quedas que acontecem desde a segunda metade de 2016. “Enxergamos um cenário pouco mais animador, na qual as projeções apontam para uma estabilidade ainda este ano. Claro, dependendo de fatores como emprego e estabilidade política, por exemplo”, finaliza o executivo.


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