Com chuva forte, árvore cai sobre Relógio do Sol e quebra o símbolo de Franca

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  • Publicado em 28 de dezembro de 2017 às 18:50
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:30
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Queda de árvore derrubou o monumento localizado na Praça Matriz durante a chuva desta quinta, 28

A chuva forte que caiu na tarde desta quinta-feira, 28, em Franca, não causou apenas inundações, falta de energia elétrica e algumas quedas de árvores. Deixou um grande prejuízo, não apenas financeiro, mas sentimental para os francanos. É que uma das árvores localizadas na Praça Matriz, no Centro, caiu com violência sobre um dos símbolos da cidade – o Relógio do Sol -, quebrando-o totalmente. A violência foi tanta, que o monumento se partiu em várias partes.

Várias pessoas que presenciaram a cena, ficaram inconsoláveis ao ver o que sobrou do Relógio do Sol, um dos grandes atrativos turísticos de Franca.

O Relógio do Sol de Franca

O Relógio do Sol, tombado pelo CONDEPHAT e CONDEPHAT MUNICIPAL, é uma construção do Frei Germano D’Annecy em 1886.

Semelhante a ele só existe um no mundo, o da cidade francesa de Annecy.

O relógio pode fornecer inúmeras informações relativas à medida do tempo, das estações do ano, etc.

O Relógio do Sol é um dos monumentos mais conhecidos de Franca.

Ele está localizado no Centro da cidade de Franca,na praça Nossa Senhora da Conceição e pode ser visto a qualquer hora por visitantes, turistas e principalmente pelos moradores da cidade de Franca.

O relógio do Sol é uma construção muito antiga.Uma das mais antigas de Franca.É importante ressaltar que esse monumento é usado em pesquisas escolares e dados históricos da cidade e sua região, proporcionando um aprofundamento mais detalhado sobre a Cultura e a História de Franca.

Frei Germano nasceu na região da Alta Saboia, na França. Depois de se ordenar frade franciscano transferiu-se para a América do Sul. Era astrônomo, físico e botânico.  Em 1851 chegou ao Chile e posteriormente veio para São Paulo em 1858, onde conheceu D. Pedro II, cognominado o “Mecenas Brasileiro”, por seu interesse e proteção às artes, letras e ciências. Foi convidado pelo Imperador para dirigir o Observatório Nacional, cargo que recusou. D. Pedro II deu-lhe de presente um cronômetro.

Foi convidado para lecionar no Seminário Episcopal de São Paulo, junto à Igreja de São Cristovam, as disciplinas Matemática e Ciências Naturais. Dedicava-se à astronomia, pela observação de astros utilizando um telescópio montado no terraço do seminário. Na cidade de São Paulo, deixou vários trabalhos, notadamente dois gnômons (projetores da sombra no relógio do sol), ambos no pátio do Seminário. O religioso teve importante destaque na busca pela geração de energia elétrica enquanto vivia em São Paulo. Em 1868, frei Germano já fazia experiências tentando construir lâmpadas, experiência que estava sendo tentada no mundo todo desde o inicio do Século XVIII. A Light, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica na cidade só começou a funcionar em 1899.


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