Com a crise, papel do líder é considerado ainda mais importante nas empresas

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  • Publicado em 20 de agosto de 2018 às 17:29
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:57
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Seja qual for o cenário, principal missão do líder é garantir uma performance sustentável

Segundo Marina, a equipe é o resultado do esforço do gestor em alcançar objetivos coletivamente

No mundo corporativo existe sempre a cobrança por melhorar a qualidade dos produtos e serviços, reduzir custos, ganhar mercado e aumentar a lucratividade. Nesse cenário, é fundamental ter pessoas que maximizem o uso do capital e saibam desenvolver e aplicar conhecimentos, métodos e tecnologias. Porém, nada se consegue com uma equipe desmotivada, sem referência, planejamento ou objetivos bem definidos. Mais do que isso, o trabalho torna-se moroso sem uma liderança que consiga perceber as potencialidades e os talentos dos funcionários de forma a aproveitá-los para o desenvolvimento pessoal e da empresa.

Por isso, sejam quais forem as circunstâncias, a principal missão do líder é basicamente a mesma: garantir que a organização mantenha uma performance sustentável a fim de gerar os resultados desejados. Porém, se as circunstâncias incluírem um cenário de crise, a relevância dessa missão – bem como os desafios que você terá de superar para cumpri-la – são ainda maiores. Garantir que a empresa mantenha uma performance sustentável requer uma série de competências. E talvez a mais básica e primordial seja a capacidade de manter seus colaboradores engajados. “O líder é, por excelência, um gerador de esperança, e embora muita gente sinta-se capaz de desenvolver esse papel, são poucos que conseguem desempenhá-lo com eficiência”, acredita o analista de marketing João Pedro Diniz, 31 anos. Em uma das empresas que trabalhou, ele viveu na pele a experiência de ser liderado por um profissional que, segundo sua análise, não tinha o perfil ou preparo para liderar. “Víamos dia a dia que a equipe não conseguia performar por não ter um planejamento e direcionamento claros do que a empresa necessitava e, embora existissem excelentes profissionais na equipe, a falta de gestão coerente se tornou um desmotivador para muitos”, comenta João Pedro.

Comportamento do líder

De acordo com Marina Latuf Bittar, coordenadora da área de gestão e negócios do Senac Franca, a equipe é reflexo do seu líder, ou seja, ela é o resultado do esforço do gestor em alcançar objetivos coletivamente e em alinhar perfis para bons resultados. “Dessa forma, quando o líder se qualifica e se atualiza com novas técnicas, suas equipes garantem resultados melhores e, consequentemente, a empresa também”, destaca.

Entre as principais posturas do líder, Marina destaca: manter uma comunicação assertiva por meio de reuniões, diálogos e e-mails claros e objetivos, para que toda a equipe saiba os planos da empresa e qual o sentido de suas tarefas no cumprimento dessas demandas; realizar feedbacks pontuais e estruturados, para que os colaboradores saibam os pontos fortes e os que precisam desenvolver; combinar prazos de entrega e metas com a equipe; elogiar conquistas; e, acima de tudo, colocar-se como “líder servidor”, que está junto com os liderados nas suas demandas, e não acima deles.

Atualmente, também se tem falado sobre trabalhar por tarefas, situações ou projetos, aproveitando os talentos que cada um possui em termos profissionais. “Outra forma do líder direcionar conquistas da equipe é trabalhar a liderança situacional, a qual pede que o gestor conheça o nível de competência técnica e de compromisso do liderado em cada tarefa, para poder direcioná-lo, aconselhá-lo, treiná-lo e liberá-lo para realizar a demanda com autonomia”, diz Marina.