Cheiro de natureza pode interferir positivamente no alívio do estresse

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 5 de junho de 2018 às 00:04
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:47
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O cheiro do verde influencia áreas do cérebro inacessíveis ao controle mental e emocional

Cobrança no
trabalho, trânsito, boletos atrasados, correria com filhos… Realmente, a
vontade é de sair correndo para bem longe, de preferência para um lugar
tranquilo, em meio à natureza!

Conhecida como “banho
de floresta”, a prática de procurar a natureza para gerenciar o estresse faz
parte, há décadas, das políticas públicas do Japão.

O cheiro do verde influencia áreas do cérebro
inacessíveis ao controle mental e emocional, segundo estudos citados no livro The Art and Science
of Forest Bathing – How Trees Can Help You Find Health and Happiness

(“A arte e a ciência do banho de floresta – como as árvores podem ajudar a
encontrar a saúde e a felicidade”, em tradução livre), recém-lançado na
Inglaterra.

Mas você não precisa esperar o fim de semana para
relaxar num parque ou em algum refúgio natural. A aromaterapeuta Sâmia Maluf,
de São Paulo, indica o uso de óleos essenciais que trazem os cheirinhos da
natureza e ainda prometem uma boa noite de sono: folha de laranjeira, manjerona
e lavanda.

Ela explica que a técnica funciona porque o nariz é uma
espécie de porta para o cérebro. Quando sente um aroma, o nariz envia
informações para o bulbo-olfatório, que as transmite ao sistema límbico,
responsável por emoções e comportamentos. Assim que chega a esse local, o
cheiro começa a agir. Isso normalmente ocorre em menos de três segundos.
“É por isso que a aromaterapia traz respostas imediatas ao
organismo”, diz.

A
aromaterapia faz uso de óleos essenciais, óleos vegetais e essências
sintéticas. Os essenciais são aromas destilados retirados da natureza que agem
terapeuticamente porque desempenham uma função na memória olfativa do paciente.
Os vegetais são usados para diluir os essenciais que precisam ser suavizados.
Já as essências sintéticas, que imitam as naturais, podem causar bem-estar, mas
não servem como tratamento. “Ao inalar certa essência, a pessoa pode até notar
resultados imediatos, mas não a longo prazo”, explica a especialista.

Esses óleos podem ser aplicados de diversas formas, como inalação,
massagem e compressa. De acordo com Sâmia, tanto faz se os líquidos são
colocados em lenços e inalados, incluídos na fórmula de sabonetes, usados em
massagens ou ainda espirrados no ambiente. Uma das únicas restrições é quanto à
aplicação direta na pele. Não pode, alerta Sâmia.


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