Chegada do verão impõe cuidados para controlar o mosquito Aedes aegypti

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de novembro de 2018 às 12:13
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:11
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Continua sendo importante a prática diária pela população de ações que previnam a proliferação do mosquito

O verão no Brasil começa em 21/12, mas a temporada de calor e chuvas já se inicia na primavera. A partir dessa época, as condições climáticas trazem à tona um problema que persiste: a propagação das doenças transmitidas pelo Aedes aegpypti, mais conhecido como o mosquito da dengue. 

No entanto, o Aedes, é vetor de outros vírus além da dengue. O inseto é capaz de carregar consigo os agentes causadores da febre amarela, da chikungunya e da zika. Das quatro arboviroses, apenas a febre amarela possui vacinação na rede pública. 

Contra a dengue, o Instituto Butantan desenvolve uma vacina que se encontra em etapa final de estudos, quando são aplicados testes em seres humanos. Se os resultados forem favoráveis, o próximo passo será a aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No setor privado já é possível encontrar doses contra o vírus, mas apenas para quem já foi infectado pelo menos uma vez. 

Para a chikungunya e a zika também não há vacinas, mas pesquisas fora do país avançam na conquista da imunidade contra essas doenças. Nos Estados Unidos, cientistas do Centro de Pesquisa de Vacinas do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas trabalham contra o tempo e contra a zika. Durante este ano, realizaram-se testes em humanos no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/USP). 

Na Universidade do Texas, também nos EUA, uma vacina em período inicial de testes em camundongos e macacos provou-se eficaz contra a chikungunya. Antes de chegar ao mercado, ainda precisa ser testada em humanos. 

Prevenção

Além do desenvolvimento de vacinas, continua sendo importante a prática diária pela população de ações que previnam a proliferação do mosquito. 

A Alesp também se preocupa com as políticas públicas sobre o assunto. A Lei 16.669/2018, por exemplo, estende as ações que antes eram restritas aos períodos de chuva, instituindo uma Campanha Permanente de Conscientização e Combate ao Mosquito Aedes aegypti. 

Sobre essa doença, a Secretaria de Estado da Saúde disponibilizou um informativo para tirar dúvidas no seguinte endereço: http://bit.ly/2zjV9Cg

Para além da ação dos governos, o cidadão deve se atentar a alguns hábitos e incorporá-los à sua rotina. Sabendo que a fêmea do Aedes é a responsável pelo depósito dos ovos, que eclodem quando entram em contato com a água, evitar o seu acúmulo passa a ser dever de cada cidadão. 

Previna a proliferação do Aedes:

– Elimine o acúmulo de água: vire a boca de garrafas para baixo, descarte corretamente os pneus e limpe as poças; 

– Instale telas nas janelas: isso pode auxiliar na proteção, ao impedir o avanço dos mosquitos já existentes; 

– Coloque areia nos vasos de plantas: os pratos usados nas plantas podem acumular água, e com isso ocorre o depósito dos ovos pelos mosquitos; a areia conserva a umidade e ao mesmo tempo impede que o prato se torne um criadouro; 

– Tenha consciência com o lixo: o despejo de lixo em locais corretos impede o acúmulo de água; 

– Tenha atenção com ralos: quando pouco utilizados, podem se tornar criadouros do mosquito; muitos deles são rasos e conservam água dentro; o ideal é a higienização e o uso de desinfetantes; 

– Limpe as calhas: limpe regularmente calhas e canos, para evitar o acúmulo de água; 

– Piscinas e aquários: as piscinas, se não regularmente limpas durante o período de surto, podem se tornar grandes focos do Aedes; os aquários também devem ter manutenção regular; 

– Uso de repelente: os repelentes industrializados são essenciais para que os mosquitos sejam afastados; não se recomenda, contudo, o uso de repelentes caseiros, pois não possuem ação suficiente para impedir a aproximação dos mosquitos.


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