Check-up pode prevenir doenças e assegurar boa saúde íntima das mulheres

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  • Publicado em 8 de março de 2017 às 15:45
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:08
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Doenças Sexualmente Transmissíveis atingem 10,3 milhões de brasileiros; 18% homens e 11,4% mulheres

​A
saúde sexual é um dos pilares básicos da qualidade de vida das pessoas. A busca
do prazer, além da procriação para a manutenção da espécie, rege a sexualidade
humana. Ao analisar o universo feminino, verificamos que a mulher está mais
ativa e busca prazer em relações estáveis ou temporárias. Não interessa a opção
sexual, prevenção e cuidado sāo as melhores recomendações.

Apenas como exemplo,
segundo dados do Ministério da Saúde, as chamadas Doenças Sexualmente
Transmissíveis (DSTs) atingem 10,3 milhões de brasileiros; desse total, 18% dos
homens e 11,4% das mulheres não buscam atendimento médico. Dentro desse
universo feminino que não busca atendimento especializado, as mulheres gays não
se enxergam como populaçāo de risco para contrair uma DST, o que é um equívoco,
já que a secreção vaginal, saliva e o sangue são veículos para a transmissão de
doenças sexualmente transmissíveis. Por isso, praticar sexo de forma segura é a
única forma eficaz de prevençāo. A professora e ginecologista Flávia Fairbanks
alerta para os principais exames preventivos que devem ser realizados ao longo
do ano por todas as mulheres:

Papanicolau
Temido
por muitas mulheres, acontece por meio da simples coleta do material do colo do
útero. É introduzido um instrumento – o espéculo – na vagina que expõe a
superfície do colo uterino e permite a coleta das células para análise em
laboratório – “O exame é primordial para as mulheres sexualmente ativas. Nele é
possível diagnosticar câncer de colo uterino, neoplasias intraepiteliais cervicais,
e também doenças sexualmente transmissíveis como tricomoníase e gonorréia. A
identificação precoce evita a progressão para o câncer” – explica a Dra.
Flávia. Após dois anos de resultados normais, o Ministério da Saúde recomenda
que o procedimento seja realizado com o intervalo de três anos, desde que não
haja troca de parceiro sexual.

Exames
de sangue e dosagens hormonais –
Dra. Flávia alerta que essas análises
verificam se os componentes e nutrientes do sangue estão normais e são
importantes para analisar alterações hormonais, dando chance de promover um
tratamento precoce – “exames como TSH e T4 livre vão identificar alterações nos
hormônios tireoidianos. Outros testes como de glicemia, colesterol total e suas
frações, triglicerídeos, creatina (avaliação da função renal), TGO e TGP
(avaliação da função hepática) e hemograma completo também devem ser realizados
de acordo com o caso da paciente, ressaltando que não precisam ser feitos todos
os anos”.

Mamografia
e Ultrassom de Mama –
A partir dos 40 anos, as mulheres devem realizar o
exame para garantir a detecção precoce do câncer de mama. Já em mulheres entre
16 e 39 anos, é indicado o ultrassom de mama quando houver algum sintoma
mamário ou achado suspeito no exame clínico anual realizado pelo ginecologista.
O exame clínico é realizado pelo médico no consultório e identifica apenas
nódulos ou tumores que já atingiram ao menos um centímetro. A avaliação pela
mamografia consiste em produzir uma imagem radiográfica, obtida por um aparelho
de raio X chamado mamógrafo, explica a Flávia Fairbanks, e permite a detecçāo
de tumores de poucos milímetros, com alta chance de cura.

Ultrassonografia
pélvica e transvaginal –
O procedimento detecta problemas no
ovário, avalia o endométrio, a parede uterina e visa identificar possíveis
alterações no órgão – “O exame de ultrassonografia pélvica transvaginal é
recomendável sempre que houver alguma alteração no exame físico ou na
investigação complementar das irregularidades menstruais e disfunções
hormonais, também é indicado para pacientes com dificuldades para engravidar” –
indica a ginecologista.

A
visita periódica ao ginecologista e a realização de exames laboratoriais são
poderosos aliados dos médicos para diagnosticar e prevenir doenças graves – “É
importante que a paciente realize uma avaliação anual completa. Muitas mulheres
só procuram o consultório quando sentem algum incômodo, mas é fundamental que a
mulher faça a prevenção. Outra coisa que devemos atentar é o uso de
preservativos que também evitam muitas doenças. A preocupação é muito grande
tanto que o próprio Ministério da Saúde está em plena campanha de vacinação
contra o HPV”, conclui a médica ginecologista Flávia Fairbanks.