Inclusão digital acelera na quarentena: Google registra aumento de buscas

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  • Publicado em 6 de junho de 2020 às 10:00
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:48
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Apenas em março, a busca por “como fazer compras on-line”, por exemplo, cresceu 198% entre os brasileiros

Durante a quarenta, quantas vezes você precisou consultar o Google para tirar uma dúvida? Provavelmente muitas, certo? Pois bem, você não está só. 

Apenas em março, a busca no Google por “como fazer compras on-line”, por exemplo, cresceu 198% entre os brasileiros. 

A inclusão digital que já vinha em ascendência ganhou força com a quarentena. Agora, mais do que nunca, precisamos nos adaptar ao mundo digital. Você está preparado?

Independência e inclusão digital na terceira idade 

O aumento da longevidade proporciona às pessoas a oportunidade de ressignificar ideias e aderir a novos comportamentos. 

Há alguns anos, não se imaginava pagar contas de forma confiável pelo celular, ou então fazer compras de mercado por um aplicativo. 

Além da praticidade, esse comportamento se tornou necessário para a segurança da população durante a pandemia.

inclusão digital

O isolamento social gerou mudanças repentinas e obrigatórias, nos direcionando à resiliência. 

Não tem como ir à missa ou acompanhar o culto presencialmente?  Se adapte ao formato online.

É desta forma que muitos internautas têm lidado com o isolamento, como mostram os números no Google Trends. Desde 2004, a plataforma não registra um volume tão alto de buscas de “missa no Youtube” quanto em abril deste ano. 

O professor de Marketing Digital da ESPM e FGV e diretor de Conexões da Agência 3, Willian Rocha, considera que “a pandemia acelerou o processo de digitalização não só de empresas, mas das pessoas do mundo inteiro. Com o isolamento social, a gente observa novas formas e mecanismos de conexão e de transação por meio da internet”.

Nesse processo de inclusão digital, a maior dificuldade é para os “imigrantes digitais”, pessoas que não cresceram utilizando as tecnologias no dia a dia. 

No entanto, segundo Willian, esta é a oportunidade de perceber um novo mundo. “Quem não é nativo digital, principalmente os idosos, começa a entender que a internet não precisa ser um bicho de sete cabeças. Ainda mais com os aplicativos de celular em que você usa a internet sem parecer estar na internet”.

Novos hábitos na internet para um novo público 

Atire a primeira pedra quem não usou o WhatsApp para fazer vídeo chamada e matar a saudade de um amigo ou familiar na quarenta. 

Para os mais jovens, esse é um hábito corriqueiro, enquanto para os mais velhos um novo comportamento que promete ficar. 

“Eles estão tendo acesso ao conhecimento e à experiência de como é a vida no digital, e a partir de agora podem e devem continuar usando as tecnologias a seu favor”, comenta o especialista. 

 A terceira idade está mais conectada e predisposta às experiências digitais, fator que influencia diretamente no comportamento das organizações. 

“Agora as empresas precisam pensar no que se pode oferecer sobre entretenimento de qualidade e serviço para esse público que vai crescer consideravelmente até 2050”, explica.  

*Instituto Longevidade