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A secretaria estadual de Saúde reforçou o chamado para vacinação nas 54 cidades consideradas prioritárias
Os
casos autóctones de febre amarela (quando a transmissão ocorre na própria
localidade) no estado de São Paulo somam 246, como informou a Secretaria de
Estado da Saúde, em boletim divulgado nesta última sexta-feira, 23 de fevereiro.
Deste total, 93 resultaram na morte do paciente. No último balanço, os casos
eram 202 e as mortes, 76.
Metade das infecções ocorreram em Mairiporã e 17% em Atibaia, o que representa
dois terços dos casos. Na capital, os números permaneceram os mesmos da semana
passada: cinco registros, com três mortes.
A
secretaria reforçou o chamado para vacinação nas 54 cidades consideradas
prioritárias. A campanha de imunização contra febre amarela é considerada
preventiva, pois São Paulo tem 38 cidades como locais prováveis de infecção da
doença. Desde o dia 25 de janeiro, 4,1 milhões de pessoas foram vacinadas. A
meta, no entanto, é alcançar 9,2 milhões até o dia 02 de março.
Do total de imunizados, 96% receberam a dose fracionada, que é válida por oito
anos, conforme orientação do Ministério da Saúde.
A
região com menor cobertura vacinal é a Baixada Santista, com 31,1%. Os
municípios do ABC Paulista, na região metropolitana, e capital alcançaram 54,3%
do público-alvo. No último dia 19 de fevereiro, o governo estadual anunciou a
prorrogação da campanha com o objetivo de ampliar a cobertura. A expectativa é
que 5,1 milhões de pessoas compareçam aos postos na próxima semana.
De
acordo com o governo estadual, 6,9 milhões de doses fracionadas estão
disponíveis para as áreas definidas para a campanha. Além disso, 2,3 milhões de
doses-padrão são disponibilizadas para crianças com idade entre 9 meses e 2
anos incompletos, pessoas que viajarão para países que exigem a vacina e
grávidas residentes em áreas de risco.
Pessoas
HIV positivo, pacientes com tratamento quimioterápico concluído,
transplantados, hemofílicos ou pessoas com doenças do sangue devem consultar o
médico sobre a necessidade da vacina. Não há indicação para grávidas que morem
em locais sem recomendação de imunização, mulheres que estejam amamentando
crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento
quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas.