Campanha de vacinação contra a gripe é prorrogada até 15 de junho

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 29 de maio de 2018 às 21:52
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:46
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A decisão foi motivada pelos efeitos da paralisação dos caminhoneiros no atendimento em saúde

O Ministério da
Saúde (MS) anunciou na última terça-feira, 29 de maio, a prorrogação da
Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe até o dia 15 de junho. A decisão
foi motivada pelos efeitos da paralisação dos caminhoneiros no atendimento em
saúde. Inicialmente, o fim da campanha estava previsto para esta sexta-feira,
1° de junho.

De acordo com os últimos dados do ministério, a campanha
imunizou 35,6 milhões de pessoas, o que equivale a 66% do público-alvo. Para
atingir a meta de imunizar 54,4 milhões de pessoas, o governo espera, com a
prorrogação da campanha, vacinar os 18,8 milhões de brasileiros e brasileiras
que ainda não receberam a dose da vacina.

No recorte por estados, os que mais
se aproximaram da meta estabelecida foram Goiás (99,8%), seguido do Amapá
(91%), Ceará (84%), Distrito Federal (78,5%) e Espírito Santo (77,4%). Por
outro lado, os estados com menor cobertura da vacina são Roraima (32,5%), Rio
de Janeiro (47,6%), Rondônia (51,3%), Amazonas (51,9%) e Acre (52%).

O público-alvo da campanha inclui
idosos a partir de 60 anos, crianças de seis meses a cinco anos, trabalhadores
da saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes,
puérperas (mulheres em até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade
e funcionários do sistema prisional.

Caso haja disponibilidade de vacinas,
os municípios podem ampliar o público para crianças de cinco a nove anos e
adultos com idades entre 50 e 59 anos. O Ministério destaca, no entanto, a
importância de o público-alvo prioritário que ainda não se imunizou procurarem
os postos de saúde. De acordo com o Ministério, 100% das 60 milhões de doses de
vacina já foram distribuídas aos estados.

Até o momento, o público com maior
cobertura são as puérperas (78%), seguido por idosos (75%), professores (73%),
trabalhadores da saúde (71,6%), indígenas (63,6%) e gestantes (55%). Já entre
as crianças com idades entre seis meses e cinco anos, o índice de vacinação
está em pouco menos da metade (49,7%).

Mortes
por gripe

De acordo com o último levantamento
do Ministério da Saúde, foram registrados 2.088 casos de gripe em todo país e
335 pessoas morreram em decorrência da doença. O tipo mais grave de gripe foi o
H1N1, com 218 óbitos e 1.262 casos. Das pessoas que faleceram, 70% possuíam ao
menos algum fator de risco, como idosos com mais de 60 anos cardiopatas,
pneumopatas e com diabetes millitus.


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