Caixa Econômica aplicará mais recursos do FGTS para financiar a casa própria

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 24 de março de 2016 às 07:02
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 17:41
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Linha do FGTS atende exclusivamente trabalhadores com conta vinculada ao fundo

Trabalhadores com conta do FGTS são beneficiados (Arquivo JF)

A Caixa Econômica Federal (CEF) ampliará em R$ 7 bilhões a oferta de crédito imobiliário pela linha pró-cotista. Exclusiva para trabalhadores com conta vinculada ao FGTS, ela oferece empréstimos com taxas de juros menores do que as de mercado para a compra de imóvel novo ou usado.

Além de ter conta no FGTS, o trabalhador não pode ter outro imóvel. Não há limite para renda. A fatia financiável varia de 70% a 85%, dependendo do sistema de amortização contratado. O dinheiro também pode ser usado para compra de terreno, casa ou apartamento, novo ou usado, e ainda a construção em terreno próprio.

“É uma linha interessante por trazer uma série de benefícios aos trabalhadores. A taxa de juros é uma delas. Ela é de 8,85% ao ano com a Selic no patamar atual de 14,25%​”, explica o vice-presidente de Habitação da Caixa, Nelson Antonio Souza. Essa taxa pode cair a 7,85% ao ano, dependendo da relação do cliente com a Caixa. 

Outras medidas de estímulo

Além dos R$ 7 bilhões do Pró-Cotista, a Caixa anunciou o aumento da cota financiável de 50% para 70% (celetistas) e de 60% para 80% (servidores públicos) na compra de imóveis usados, liberou o financiamento para aquisição de segundo imóvel nas mesmas condições do primeiro e investirá R$ 6,7 bilhões em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) nas operações de crédito imobiliário.

Souza ressalta que embora o volume de crédito imobiliário tenha triplicado de 3% para 9,7% do PIB entre 2012 e 2015, ainda há muito espaço de crescimento no mercado brasileiro em comparação a outras economias emergentes. “A África do Sul, por exemplo, essa relação é de 22% do PIB daquele país”, diz. 

Ele acrescenta que o banco já tem recursos para manter e até ultrapassar os R$ 91,1 bilhões em novos contratos alcançados em 2015. “Buscamos novas soluções de financiamento e estamos facilitando o acesso à moradia que, por sua vez, vai gerar emprego e renda”, conclui Souza. 


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