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​A colheita de café no Brasil avançou para 37% da área plantada, de acordo com levantamento da consultoria Safras & Mercado, referente ao período de uma semana encerrado em 20 de junho. Porém, os preços em baixa têm desestimulado as vendas pelos cafeicultores, que estão preocupados apenas com a entrega do café de contratos já firmados.

De acordo com o analista de mercado da instituição, Gil Barabach, as operações de secagem e beneficiamento do café estão mais lentas e, por isso, pouco produto da safra nova tem chegado às praças de comercialização. “O produtor não quer acelerar o beneficiamento por conta do mercado e o café novo está demorando mais para chegar nas praças. No entanto, a colheita segue tranquila”, diz.

Safra 2017/2018

Em relação ao mesmo período do ano passado, o ritmo do trabalho no campo está menor, uma vez que em junho de 2016 41% da área estava colhida. Segundo Barabach, os percentuais menores nesta safra estão nas lavouras de café conilon, cuja produção é liderada pelo Espírito Santo. Até o dia 20, a colheita chegou a 63%, quando a média para esta época é de 72%. No arábica, chegou a 30% para uma média de 26%.

Atingida por fatores climáticos, Barabach diz que ainda é cedo para falar sobre a qualidade do café colhido nesta temporada, mas há a possibilidade de perdas. “Ainda temos julho, agosto e setembro. Só vamos conseguir essa diferença mesmo no final”, avalia. 

Até o dia 17 de junho, a colheita na área de atuação da Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé) estava em 17,56% da produção esperada para esta safra. Em comparação com a mesma época do ano passado, os trabalhos no campo estavam atrasados, uma vez que a colheita atingia 19,33%.

Até o momento, a cooperativa espera comercializar neste ano 6,2 milhões de sacas de café. O recebimento de produto dos cooperados é estimado entre 3,8 milhões e 4 milhões de sacas.

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