Cabum!

  • EntreTantos
  • Publicado em 22 de agosto de 2017 às 17:35
  • Modificado em 8 de abril de 2021 às 14:27
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E, de repente, escuridão absoluta.

Somente os ruídos côncavos da lenta reconstrução.

Não, paciente leitor que segue minhas rasuras, a quem tributo meus cumprimentos, decididamente, não se trata de um roteiro cinematográfico, tampouco enlouqueci, pelo menos, é o que garante meu psiquiatra. 

O fato é que há uma evidente guerra mundial se levantando e a questão é: As nações estão preparadas para tal? Não faço qualquer referência às tecnologias de armamentos, quanto a isso, não resta dúvida de que, mesmo a mais pacífica das pátrias esteja bem munida de arsenais altamente eficientes, no quesito destruição. Além do mais, para tal, há penas mais valiosas que a minha. Falo da vulnerabilidade da classe civil. Qualquer compêndio de história está pejado de fatos que apontam as drásticas consequências atribuídas aos civis, que, no frigir dos ovos, são quem realmente sofrem as catástrofes dos conflitos. Eisten dissera uma vez que não sabia de que forma seria lutada uma possível terceira guerra mundial, mas, que a quarta seria lutada com paus e pedras. Isto, se restar realmente, o mínimo vestígio da existência humana na terra. Temo o momento em que estes conflitos isolados se unifiquem e abram um ataque sem precedentes contra um alvo em comum, as grandes metrópoles opressoras. Da ilha do norte bate um tiquetaquear sombrio e indomável, cuja obstinação para o desastre há de vigorar um dia, novos jihads se levantam diariamente no oriente, enquanto as relações czaristas se intensificam. O mundo está de fato por um triz, a um conflito de se propagar uma terceira guerra mundial.

Acreditar que guerra é apenas fobia, ou, pior, romantismo literato é tolice. É ingenuidade ignorar o fato de que, assim como todos os dias nascem pessoas dispostas a propagar o bem comum, não haja indivíduos, cuja existência é dependente de um grande conflito. O mundo jamais possuíra tantas mentes estupidas no poder como ocorre agora. Brasileiro que sou, não hei de cometer a estupides de dar de ombros para esta questão altamente relevante, pois, se mesmo uma crise política na vizinha Venezuela é capaz de engrossar diretamente o caos, no qual tentamos sobreviver, imagine, caro leitor, um acontecimento catastrófico no âmbito global? Posso afirmar seguramente, que nosso país não suportaria os estilhaços de qualquer conflito globalizado, simplesmente, por estarmos padecendo sob a pior de todas as guerras, aquela que nos afeta em todos os setores estruturais, lenta e sorrateiramente. Nossos alicerces, como as manchetes comprovam, foram erguidos sobre uma região pantanosa. Difícil é conviver com a penosa sensação de estarmos sob contagem regressiva, até que um botão seja, finalmente apertado e, nos céus de toda parte, inicie uma chuva turva de bombas, restando a nós, meros mortais, somente o frio das estatísticas, para quais entraremos.  

*Essa coluna é semanal e atualizada às quartas-feiras.


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