Busca excessiva pelo corpo ideal é uma doença e merece atenção, diz médico

  • Entre linhas
  • Publicado em 17 de julho de 2017 às 15:26
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:16
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Alguns sinais clássicos como controle obsessivo do peso, atividade física compulsiva revelam problema

Estar sempre em dieta, realizar atividade física demasiadamente, tomar remédios para tirar o apetite e evitar eventos sociais para não comer. Até que ponto a busca pelo corpo ideal é saudável?

Para a endocrinologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Vivian Estefan, é preciso estar atento aos detalhes para identificar se uma pessoa está com transtorno alimentar e não apenas buscando uma vida mais saudável.

“O transtorno alimentar é caracterizado pelo temor em ganhar peso, ainda que o paciente esteja muito abaixo do considerado ideal, sendo incapaz de impor limites para a magreza, podendo chegar à desnutrição”, esclarece.

Para identificar se a pessoa realmente está com este distúrbio, a especialista indica alguns sinais clássicos, como: comportamento obsessivo para o controle do peso, recusa em admitir a gravidade da perda de peso, hábito de cortar a comida em pequenos pedaços, atividade física compulsiva, evitar comer perto de outras pessoas e ingerir medicamentos diuréticos e laxantes ou redutores de apetite sem prescrição médica.

A endocrinologista salienta também alguns dos sintomas e sinais provocados pelo problema: pele manchada ou amarelada, queda de cabelo, irregularidade menstrual, fraqueza, alterações das unhas, boca seca, extrema sensibilidade ao frio, perda de massa óssea e atrofia muscular.

Segundo a médica, para ajudar quem convive com esta doença, o primeiro passo é conversar, pois na maioria das vezes a pessoa não tem consciência de que está passando por dificuldades e que necessitará de apoio para superar o transtorno. Além, claro, de buscar tratamento com um especialista.

“O médico deverá realizar um interrogatório com o paciente, um exame físico e possivelmente outros testes complementares para o correto diagnóstico”, explica.

Vivian Estefan ressalta ainda que é fundamental ter paciência e dar todo o suporte ao paciente e seus familiares, pois o tratamento do distúrbio alimentar é lento e gradativo, além da haver a necessidade de um apoio psicoterápico.


+ Saúde