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Moradores de São José da Bela
Vista reclamam das condições da estrada de terra até Nuporanga e que,
atualmente, é a principal ligação entre os municípios, já que uma
“cratera” aberta na Rodovia Vicinal Jorge Luiz, em novembro de 2017,
ainda não foi consertada.

O asfalto da rodovia cedeu durante as chuvas e já no fim
do ano passado os motoristas se queixavam que a estrada alternativa se
transformou em lamaçal. Desde aquela época também, a Prefeitura de São José da
Bela Vista alega não ter recursos para as obras necessárias.

Com a rodovia principal bloqueada pelo buraco e a
estrada de terra intransitável, os moradores são obrigados a utilizar uma
terceira rota, passando por São Joaquim da Barra, o que aumenta o trajeto de 20
para 65 quilômetros.

O motorista Reginaldo Ferraz é um dos muitos motoristas
que precisam fazer esse trajeto e reclama: “Não tem condições, a gente passa
porque precisa passar. Se for dar a volta todo dia, não pago a despesa. Isso é
uma vergonha”, diz.

O carro do cunhado da
professora Milene Argente ficou atolado na estrada de terra no último final de
semana. Dois homens precisaram empurrar o veículo, para conseguir retirá-lo da
lama, formada após as chuvas que atingiram a região na última semana. “Acaba
a chuva e fica só a erosão, um monte de buraco. Acaba com o carro, é uma via
que o pessoal usa muito para trabalhar. Viajantes vêm de longe e estão se
perdendo, já tivemos dois acidentes, teve um carro que bateu”, conta.

Um caminhão que passava pela
estrada de terra na última terça-feira, 27 de fevereiro, também ficou atolado
na lama. Outros motoristas tentaram ajudar e até um trator chegou a puxar a
carreta, que estava carregada com mercadoria, mas todas as tentativas foram em
vão. “O caminhão estava pesado, não
virou nada. Estávamos indo para Franca, com horário de entrega. Essa estrada
está fácil de atolar”, afirma o caminhoneiro Wesley Issac de Oliveira.

O pedreiro Pedro Garcia de
Souza diz que utiliza o trecho diariamente para chegar ao trabalho, mas os
buracos estão danificando o carro dele. Souza afirma que não tem como utilizar
a rota por São Joaquim da Barra porque é mais longa e encarece a viagem.

“Isso uma vergonha, não tem condições, acaba com o
carro. Se for dar a volta por São Joaquim, vai gastar mais de R$ 20 com
combustível. Se eu for dar a volta todo dia, não pago a despesa. Isso é uma
vergonha, a gente fica irritado, fico nervoso”, desabafa. 

Responsabilidade

O secretário de Segurança Pública de São José da Bela Vista,
Paulo Augusto Ferreira de Azevedo, diz que a administração tem colocado
máquinas para nivelar a terra sempre que chove. A Prefeitura também busca
recursos junto ao governo estadual para consertar o buraco na rodovia. “A Defesa Civil esteve no município em 11
de janeiro, fez o laudo, fez a perícia necessária, constatou que é uma obra
urgente e necessária, e eles encaminharam o projeto para o governo do Estado.
Simplesmente, o município tem que aguardar, pela falta de recursos”,
alega.

Azevedo explica ainda que a
estrada de terra suporta veículos com até quatro toneladas. Caminhões acima
desse peso, além de prejudicar a via, correm o risco de ficar atolados. O mesmo
acontece com carros que buscam rotas alternativas, próximas aos canaviais. “A
solução está sendo prestar assessoria da forma urgente à estrada, mandando as
máquinas sempre que chove, sempre que é necessário. Muitas vezes, também, tem carros
que buscam caminhos alternativos e encravam longe da estrada, isso dificulta o
auxílio”, diz.

O Departamento de Estradas de
Rodagem (DER) informou que não recebeu nenhum pedido de recursos da Prefeitura
de São José da Bela Vista para a recuperação da Rodovia Vicinal Jorge Luiz.

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