Brasileiros continuam preferindo café, arroz e feijão, aponta o IBGE

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 21 de agosto de 2020 às 12:35
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:08
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Foram ouvidos no estudo 46.164 moradores de 20.112 domicílios com 10 anos ou mais de idade

Arroz e feijão continuam sendo a dobradinha preferida no prato dos brasileiros

O café foi o alimento consumido pelos brasileiros com mais frequência (78,1% da população) entre junho de 2017 e julho de 2018, tanto por homens (77,9%), quanto por mulheres (78,4%). 

Em seguida, aparecem dois produtos da dieta tradicional do país. Um deles é o arroz, com 76,1% de frequência de consumo, acompanhado pelo feijão, com total de 60%. O alimento menos consumido com frequência pelos brasileiros no período pesquisado foi o ovo, com total de 13,9%.

As informações constam da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018: Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil (POF 2017/2018), divulgada nesta sexta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo foi realizado em parceria com o Ministério da Saúde.

Foram ouvidos no estudo 46.164 moradores de 20.112 domicílios com 10 anos ou mais de idade, que informaram o consumo alimentar para dois dias. 

A análise evidencia que arroz, feijão e café foram os alimentos mais consumidos por adolescentes e adultos, embora mostrando redução em relação ao primeiro levantamento, em 2008/2009. O feijão caiu de 72,8% para 60% da população e o arroz, de 84% para 76,1%. 

Entre os idosos, o consumo de café subiu na mesma comparação, de 86,6% para 87,1%. A queda do consumo de arroz foi observada no Sudeste, Sul e Centro-Oeste e foi mais acentuada entre a parcela da população (25%) com maior renda, passando de 79,9% para 67,1%.

Os pesquisadores do IBGE avaliaram que o consumo de frutas e verduras continuou muito aquém do recomendado, embora o consumo de saladas cruas tenha aumentado tanto para adolescentes, quanto para adultos e idosos. Em geral, o consumo de saladas cruas passou de 16% para 21,4%. 

O consumo de frutas teve queda entre os dois períodos. Em contrapartida, o consumo de preparações aumentou. Um exemplo são os sanduíches, cujo consumo cresceu em todas as regiões do Brasil e em todas as classes de renda, apurou o IBGE. Já o consumo de refrescos e refrigerantes caiu para todos os grupos etários.

As maiores médias de consumo diário per capita, isto é, por indivíduo, foram encontradas no café (163,2 gramas/dia), feijão (142,2 g/dia), arroz (131,4 g/dia) e sucos (124,5 g/dia).


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