Braço direito de Raquel Dodge, Raquel Branquinho não voltará à Lava Jato

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 16 de setembro de 2019 às 11:49
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:49
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Indicado à PGR, Aras vai convidar procuradores que deixaram equipe da Lava Jato; menos Raquel Branquinho

Indicado para a Procuradoria-Geral da República (PGR), Augusto Aras vai convidar os procuradores que deixaram a equipe da Lava Jato no órgão recentemente a reassumirem seus cargos. 

A “debandada” ocorreu em protesto contra a atuação da atual procuradora-geral, Raquel Dodge.

Dos seis procuradores que pediram demissão apontando “grave incompatibilidade de entendimento” em relação a Dodge, cinco serão convidados por Aras a retornar. 

Apenas a francana Raquel Branquinho, que era chefe do grupo da Lava Jato na PGR, não será chamada. Ela era o braço-direito de Dodge na área criminal.

Segundo aliados de Aras, a iniciativa tem dois objetivos: demonstrar apoio à continuidade da Lava Jato, apesar das críticas que ele já fez aos métodos da operação, e ao diálogo interno. 

Uma parcela do Ministério Público Federal reclama do isolamento de Dodge na cúpula da instituição.

A ideia de manter os nomes do grupo da Lava Jato da PGR partiu da procuradora Thaméa Danelon, ex-coordenadora da operação em São Paulo e primeira convidada por Aras a integrar a nova equipe. 

Maria Clara Noleto, Luana Vargas, Alessandro Oliveira, Hebert Mesquita e Victor Riccely são os convidados.

A iniciativa motivou elogios do coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, que havia criticado a indicação de Aras por não ter respeitado a lista tríplice da categoria. 

Numa rede interna, Deltan afirmou que “é hora de trabalhar pelo MPF” e “é importante o trabalho conjunto para continuar expandindo as investigações”.


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