Bolsonaro extingue seguro obrigatório para veículos, o DPVAT a partir de 2020

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 11 de novembro de 2019 às 20:57
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:01
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Em dez anos, o seguro foi responsável pela indenização de 485 mil mortes no trânsito em todo o país

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) decidiu extinguir, por meio de uma medida provisória (MP), o seguro obrigatório de veículos (DPVAT) a partir de 1º de janeiro de 2020. 

Em dez anos, o seguro foi responsável pela indenização de 485 mil mortes no trânsito em todo o país. O seguro também confere indenizações a feridos e a pessoas que tenham sofrido sequelas permanentes.

Bolsonaro também extinguiu o DPEM, seguro voltado a danos pessoais causados por embarcações. O presidente justificou o fim do seguro por causa dos altos índices de fraudes e os elevados custos operacionais do seguro.

O custo total do seguro ao governo federal é de R$ 8,9 bilhões. O governo estima que seriam necessários R$ 4,2 bilhões para cobrir os valores pagos às vítimas. 

Outros R$ 4,7 bilhões seriam referentes à administração e fiscalização do recurso. O governo diz que o valor economizado será repassado ao SUS e ao Denatran.

Segundo o governo federal, as vítimas e acidentados no trânsito brasileiro (só de mortes são mais de 36 mil por ano) continuarão assistidos pelo SUS, pelo INSS e pelo BPC (Benefício de Prestação Continuada).

Os acidentes permanecerão cobertos até o fim deste ano. A gestora do seguro, a Seguradora Líder, continuará responsável pelos segurados até o fim de 2025, mas atendendo apenas os sinistros ocorridos até 2019.


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