Batatais volta a realizar desfiles e shows em 2018 após 2 anos sem Carnaval

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 28 de janeiro de 2018 às 07:02
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:32
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Problemas de documentação e falta de recursos deixaram cidade sem apresentação de escolas de samba

Depois de dois anos sem Carnaval, Batatais promete realizar em 2018 uma das maiores festas da história da cidade. Com promessa de colorir a avenida com desfile de cinco escolas de samba, dois blocos, trio elétrico e apresentações de shows musicais, a cidade espera atrair mais de 70 mil pessoas em sete dias de folia.

Segundo o presidente da União das Escolas de Samba de Batatais (Uesb), Ramsés Boragina, o espaço do sambódromo foi remodelado com praças de alimentação, parque de diversão, área vip e camarotes. “Será um Carnaval familiar, como sempre foi, mesclando um pouquinho do Carnaval da Bahia com um pouquinho do Carnaval de Batatais”, disse.

Com repasse de R$ 600 mil da prefeitura, a programação tem início uma semana antes do calendário tradicional. No dia 2 de fevereiro, shows dos grupos Molejo, Bonde do Tigrão, Axé Band Eletrico e Júlio César e Adriano prometem esquentar o público.

No dia seguinte acontece o desfile das escolas de samba Riachuelo, Unidos da Liberdade, Acadêmicos do Samba, Unidos do Morro e Castelo, além dos blocos carnavalescos Estação do Samba e Mocidade.

No domingo, 04 de fevereiro, a animação fica por conta da banda Samba Raiz 6. É quando o público também deve acompanhar a apuração dos votos para conhecer a escola de samba campeã.

Na sexta, 09 de fevereiro, a banda Oba Oba Samba House volta a animar os foliões. No sábado, 10, os shows ficam por conta das bandas Chega pra Sambar e Galeria do Samba. No penúltimo dia de festa, Sandami (ex-Sambô) sobe ao palco. Para encerrar a programação, segunda-feira, 12 de fevereiro, tem o desfile das campeãs.

Dois anos sem desfile

Considerado um dos mais tradicionais do interior paulista, o Carnaval de Batatais foi suspenso 2016 pela primeira vez em 11 anos, devido à queda de receita do município.

Na época, a prefeitura ofereceu o direito de as escolas de samba arrecadarem dinheiro com a venda de camarotes e ingressos no Sambódromo “Carlos Henrique Cândido Alves” em vez de obter o repasse anual de R$ 75 mil.

A Uesb justificou que, apesar de gerarem recursos próprios, as agremiações dependiam da verba municipal e solicitaram um aporte em torno de R$ 100 mil por escola. O município recusou o incremento por falta de condições, devido à queda de arrecadação tributária, e o desfile acabou suspenso.

No ano seguinte, além da falta de recursos, problemas com a documentação das escolas de samba impediram a realização da festa.

Expectativa

Fundada em julho de 2004, a escola de samba Unidos da Liberdade volta a desfilar espetáculo de cores e muita animação. Para o presidente, Nei Barbosa, todo trabalho será recompensado quando os integrantes estiverem na avenida. “Ficamos dois anos sem fazer o Carnaval, mas esses dois anos nós viemos trabalhando no enredo, desenvolvendo a nossa história. Dá trabalho, mas é muito compensador”, disse.

O presidente da escola Castelo, Janderson César Ribeiro, que venceu o último carnaval da cidade, em 2015, garante que será uma festa de muita alegria e glamour. “Estamos preparando um dos maiores espetáculos que a gente já fez e com o maior carinho. A gente está pedindo o acolhimento da comunidade para dar esse voto de confiança pra gente fazer um belo carnaval novamente.”


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