Base de Gilson de Souza será posta à prova com projeto contra os servidores

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 7 de janeiro de 2018 às 09:43
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:31
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Aprovação deixará funcionalismo, que já rejeita o prefeito, contra também os vereadores

A fidelidade da base governista na Câmara dos Vereadores será posta à prova logo no início de fevereiro. Um dos primeiros projetos que o Poder Executivo enviará à Casa de Leis poderá ter um preço alto para os vereadores francanos. 

O prefeito Gilson de Souza (DEM) está em situação frágil com os servidores públicos municipais após denúncia do presidente do sindicato da categoria, Fernando Nascimento, de que Gilson quer transformar os pagamentos de processos de férias ganhos na Justiça pelos servidores em precatórios.

Na prática, Gilson quer transformar uma dívida de pagamento imediato estimada em R$ 12 milhões em um débito sem data precisa para ser quitada, empurrando o problema para futuras administrações de Franca. 

Gilson estará mexendo no bolso do funcionalismo e comprando uma briga imensa com os servidores públicos, que são mais de 4,5 mil na cidade e, normalmente, se unem quando as causas são de interesse comum da categoria. Estima-se, considerando os círculos de amizade a família destes servidores, que o prefeito sofrerá danos de imagem com mais de 30 mil pessoas.

Dano de imagem que Gilson de Souza quer, “gentilmente”, dividir com os vereadores, pois como os valores são abaixo de R$ 30 mil, são considerados de pequeno valor para a administração pública e só podem ser revertidos em precatórios se houver um projeto de lei específico, aprovado pela Câmara. 

Considerando que vereadores da base serão candidatos a deputado estadual e federal e à reeleição para a Câmara, haverá dificuldades para a aprovação de tal projeto e a base governista pode de dissolver diante de um plenário que provavelmente estará lotado de servidores.

Segundo Fernando Nascimento, a intenção de Gilson foi comunicada diretamente pelo prefeito a ele. “O senhor prefeito me comunicou verbalmente que não irá pagar os processos de férias. Irá colocar todos no precatório”, disse o dirigente sindical.

Fernando foi além e afirmou que será preciso os servidores se movimentarem em sentido contrário a esta possível iniciativa, inclusive pressionando o Poder Legislativo, caso a proposta seja levada adiante.

“Absurdo, desaforo isso. Irá utilizar o dinheiro que é nosso por direito e ganho na Justiça para outros fins. Teremos que nos mobilizar para que este projeto não seja aprovado na Câmara Municipal”, conclamou Fernando Nascimento.


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