Bancos zeram tarifas para investimentos por conta da concorrência

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 20 de setembro de 2018 às 18:52
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:01
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Concorrência com corretoras independentes fazem grandes bancos zerarem as taxas cobradas dos clientes

A concorrência com
corretoras independentes tem feito grandes bancos zerarem as taxas cobradas dos
clientes para investimentos no Tesouro Direto. A última grande instituição a
reduzir os juros para investir em Tesouro Direto, Renda Fixa e Previdência foi
o Banco do Brasil, que fez o anúncio nesta quinta-feira, 20 de setembro.

Segundo a
atualização mais recente do site do Tesouro Direto, realizada na última
quarta-feira, 19, das 59 instituições habilitadas para operar com o Tesouro
Direto, 29 não cobram taxas, entre elas o Itaú, que eliminou a cobrança no
início deste mês. Entre os grandes bancos, o Bradesco também já não cobra para
essas aplicações.

Atualmente, o Banco
do Brasil cobra uma taxa anual de 0,5%, para investimentos no Tesouro Direto,
acima dos concorrentes Caixa Econômica Federal e Santander (0,4% nas duas instituições).

Para aplicar nesta
modalidade, os investidores precisam da intermediação de um agente de custódia,
que são os bancos ou as corretoras. Dentre outras funções, esses agentes são
responsáveis por realizar o cadastro dos investidores na bolsa de valores e
intermediar a transferência dos recursos financeiros e títulos.

Renda
fixa

Em nota, o Banco do
Brasil anunciou nesta quinta-feira, 20, que vai zerar também as taxas de custódia para quem aplica
em papéis de renda fixa, como Certificados Recebíveis Imobiliários (CRI),
Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Debêntures.

No último dia 05 de
setembro, o Itaú zerou a taxa de custódia de Tesouro Direto e de produtos de
Renda Fixa (CDBs de outros gestores, Letras, Debêntures, CRIs e CRAs). O banco
privado zerou a taxa tanto para entrada quanto para saída de produtos de
Previdência, atingindo mais de 2 milhões de clientes.

Previdência
Privada

Com objetivo de
atrair ou manter clientes, o Banco do Brasil também zerou taxa para
investimentos em previdência privada. As reduções nas taxas dos investimentos
em previdência privada ocorrem por efeito da redução da taxa básica de juros, a
Selic. Com a taxa básica mais baixa, atualmente em 6,5% ao ano, os rendimentos
dos planos de previdência estão menores, reduzindo assim, a procura dos
clientes.

Segundo o Banco do
Brasil, a taxa para os clientes que investem em planos de previdência (PGBL e
VGBL) será zerada, tanto para aplicações quanto para resgates.

As novas condições
para os investimentos no Banco do Brasil entram em vigor nesta sexta-feira, 21
de setembro, e valem para todos os clientes que possuem esses produtos,
alcançando o estoque de aplicações e também os novos negócios. “Com essas medidas,
o BB alinha os custos desses produtos à nova prática de mercado e fortalece o posicionamento
junto aos clientes investidores, valorizando o relacionamento de longo prazo e
contribuindo para a fidelização, a retenção e para o crescimento sustentável
dos negócios”, disse o banco.


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