Aumenta número de casos de Leishmaniose Visceral, que pode ser letal ao cão

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  • Publicado em 8 de setembro de 2017 às 18:27
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:20
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Transmitida pela picada de um mosquito, doença não tem cura e também pode matar crianças e idosos

Atenção para a Leishmaniose Visceral. Nas últimas semanas, têm sido reportados casos da doença na Região Centro Oeste. “Essa zoonose é transmitida por um protozoário (Leishmania), pela picada de flebotomíneos, conhecidos popularmente como mosquito-palha ou birigui. O mosquito se reproduz em lugares úmidos e com acúmulo de material orgânico, como terrenos com mato alto e lixo. Hoje em dia, até mesmo os condomínios residenciais oferecem mais espaços verdes, arborizados, o que é ótimo, porém, precisamos estar atentos, pois, esses ambientes podem ser convidativos à reprodução do mosquito. O cão é um reservatório da doença e, muitas vezes, demora a apresentar os sintomas, aumentando os riscos de contágio aos seres humanos”, alerta a médica veterinária Cecília Barbosa, coordenadora técnica e especialista em Animais de Companhia da Boehringer Ingelheim Saúde Animal.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Leishmaniose Visceral está presente em 12 países das Américas, sendo que 96% dos casos relatados são do Brasil. “O grande número de ocorrências mostra a importância de prevenir a doença e difundir as práticas para combater o transmissor”, ressalta Cecília Barbosa.

Por isso, nunca é demais frisar: não se pega leishmaniose por contato com cães ou outros animais, mas pela picada do inseto que estiver infectado. É o inseto que transmite a doença de um animal para outro, inclusive para o homem. Proteger o cão é proteger toda a família.

Leishmaniose Visceral Canina (LVC)

Nos cães a doença não manifesta os sintomas em 60% dos casos. Os principais sinais indicativos da Leishmaniose Visceral Canina (LVC) são perda de peso progressivo, lesões em pele (descamação, perda de pelos, feridas ulcerativas), crescimento exagerados das unhas, aumento dos gânglios linfáticos (linfonodos), entre outros. Porém estes sinais não são conclusivos que o cão tem Leishmaniose, já que os mesmos sintomas podem ser observados em outras doenças.

A LVC é uma doença de diagnóstico complexo, o clínico deve estar bem preparado para diferenciá-la de enfermidades como dermatofitose, sarnas, doenças autoimunes e hormonais, erliquiose, babesiose, linfoma e outras neoplasias. O diagnóstico correto é o primeiro passo para uma conduta consciente, caso a caso.

A especialista da Boehringer Ingelheim Saúde Animal explica que “mesmo com os cuidados rotineiros – alimentação e vacinação em dia –, os cães ainda estão propensos a diversas doenças. Muitas vezes, o contágio dessas enfermidades acontece por negligência e falta de informação sobre medidas simples que podem ser tomadas. A Leishmaniose Visceral é uma dessas enfermidades, porém pode ser evitada por meio da prevenção, visto que também apresenta perigo aos seres humanos e leva a morte se não for tratada corretamente”.

A prevenção é a melhor forma de combater a Leishmaniose Visceral. Além de evitar o acúmulo de lixo, os donos devem aplicar repelentes eficazes nos animais para afastar os flebotomíneos. A Boehringer Ingelheim Saúde Animal está lançando no Brasil o antiparasitário de uso tópico Frontline Tri-Act, que atua no combate às pulgas e carrapatos e tem ação repelente contra flebótomos transmissores da Leishmaniose Visceral.

“Com a correta prevenção, donos e cães podem aproveitar mais seu tempo juntos sem preocupações. Frontline Tri-Act é uma solução rápida e eficaz contra os principais parasitas em um único produto, protegendo os cachorros das principais doenças”, completa Cecília.

Medidas adicionais de prevenção

1. Mantenha o animal dentro de casa ao entardecer (entre 18h e 6h). Coloque telas nas janelas e no canil, espalhe vasos de citronela pelo quintal. Nunca leve o cão para áreas endêmicas (cidades onde já existe a doença) sem que ele esteja protegido.

2. Limpe seu quintal. Recolha folhas, flores e frutos caídos e as fezes dos animais. Feche bem o seu lixo.

3. Coloque repelente (coleira ou spray) no seu cão e o proteja da Leishmaniose Visceral Canina.


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