Ator Nelson Xavier morre aos 75 anos, em Minas Gerais, em decorrência de um câncer

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  • Publicado em 10 de maio de 2017 às 09:26
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:11
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Nascido em São Paulo, artista tinha uma carreira de cinco décadas na TV , no cinema e no teatro

A classe artística perdeu mais um de seus expoentes. Quem se despediu da vida desta vez foi o ​ator Nelson Xavier, que morreu aos 75 anos, nesta terça-feira, 09, em Uberlândiaem decorrência de um câncer de próstata, diagnosticado em 2004.

Quem informou sobre seu falecimento foi sua filha, Tereza Villela Xavier, que usou sua página no Facebook para falar da perda do pai.

“Lamento informar a quem possa interessar que meu pai, Nelson Xavier, faleceu esta noite em Uberlândia. Seu corpo será transferido, celebrado e cremado no Rio de Janeiro em cemitério ainda não determinado. Agradeço desde já as mensagens de apoio. Ele virou um planeta! Estrela ele já era. Fez tudo o que quis, do jeito que quis e da sua melhor maneira possível, sempre”, escreveu ela.

Em 2014, durante o Festival de Gramado, Nelson Xavier contou que fez tratamento contra o câncer de próstata em 2004 e que estava livre da doença. Foi lá também que recebeu o pêmio de melhor ator com o longa “A despedida”, um de seus últimos trabalhos.

Nascido em São Paulo em 30 de agosto de 1941, Nelson Agostini Xavier cursou direito, mas sua paixão pela arte foi mais forte. Iniciou sua carreira no teatro, com peças como “Eles Não Usam Black-tie” (1958), de Gianfrancesco Guarnieri, “Chapetuba Futebol Clube” (1959), de Oduvaldo Vianna Filho, “Gente como a Gente” (1959), de Roberto Freire, e “Julgamento em Novo Sol” (1962), de Augusto Boal.

Entre seus tantos trabalhos no cinema, estão “O ABC do Amor” (1967), “Os Deuses e os Mortos (1970), “É Simonal” (1970), “Dona Flor e seus Dois Maridos” (1976), e “A Queda” (1978), de Ruy Guerra, que lhe rendeu um Urso de Prata no Festival de Berlim.

Em 2011, Nelson interpretou Chico Xavier no cinemas. Na época, o ator afirmou que havia vivido ali seu melhor papel. “Finalmente fiz o meu maior papel. Fui invadido por uma onda de amor tão forte, tão intensa, que levava às lágrimas”, contou Nelson Xavier, que no longa viveu o líder espírita dos 59 aos 65 anos. “Nenhum dos personagens que fiz mudou minha vida. O Chico fez uma revolução”.

O ator teve uma carreira de cinco décadas no teatro, televisão e cinema.

O corpo do ator será levado ao Rio de Janeiro, onde deve ser cremado amanhã. 


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