Asma, depressão e genética podem contribuir para aborto espontâneo

  • Bernardo Teixeira
  • Publicado em 27 de novembro de 2020 às 20:20
  • Modificado em 11 de janeiro de 2021 às 09:45
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Estudo associa mutações na placenta e condições como a depressão a um risco mais elevado de perder o bebê

O aborto espontâneo é uma ocorrência que  afeta aproximadamente 15% das mulheres. 

Contudo, os fatores genéticos e ambientais que provocam a interrupção natural da gravidez ainda não são plenamente compreendidos pela comunidade médica e científica, reporta um artigo publicado na revista “Galileu”.

Estima-se, de acordo com um estudo realizado por investigadores da Universidade de Tartu, na Estônia, que até dois terços das causas de abortos espontâneos não são de todo identificadas.

A pesquisa que analisou informações genéticas de 420 mil mulheres de todo o mundo, indica que o aborto pode ser incitado por alterações genéticas ligadas à biologia da placenta.

Adicionalmente, o estudo estoniano salienta a existência de fatores de risco como asma, depressão e síndrome do intestino irritável.

A principal autora do artigo, Triin Laisk, afirma que é necessária a realização de mais pesquisas que incidam sobre os genes dos progenitores e dos fetos, de modo a entender com mais exatidão as causas por trás dessas interrupções de gravidez involuntárias.

“No futuro, poderemos saber mais sobre a biologia por trás de uma gravidez bem-sucedida e sobre o impacto a longo prazo do aborto espontâneo na saúde geral”, refereLaisk.

O estudo foi publicado na revista científica “Nature Communications”.


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