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Tucano quer continuar no cargo por mais quatro anos mas tem que superar rivais e aliados
Dizem os antigos, diante de alguma dificuldade: “No caminho, tinha um pedra”. O prefeito de Franca, Alexandre Ferreira (PSDB), quer se reeleger e continuar no cargo por mais quatro anos. Mas no caminho, para isso, ele tem não uma, mas três pedras: vereadores de oposição, Sidnei Rocha e as eleições.
E a primeira pedra, a oposição na Câmara, ele terá de se livrar hoje. Será lido, na sessão ordinária, ainda no período da manhã, o relatório da CEI (Comissão Especial de Inquérito) da Saúde, que está “carregado” contra ele e traz a recomendação, inclusive, para a abertura de uma Comissão Processante.
Ferreira já se mexeu, reuniu-se ontem com sua base aliada e, pelos que está sendo dito nos bastidores, não haverá as oito assinaturas necessárias para a abertura do processo, que pode terminar até com sua cassação.
A segunda pedra, superado o problema com a Câmara, será vencer a prévia do PSDB, marcada para o próximo dia 30 de abril. Seu adversário e padrinho político, o ex-prefeito Sidnei Rocha, está magoado com Ferreira e quer tirá-lo do páreo. Colocou-se como candidato e afirmou que tem a maioria dos votantes tucanos.
O atual prefeito, mais uma vez, não se demonstra abalado. Presidente do diretório municipal do PSDB, pode ter cartas na manda que a maioria desconhece. Mas, de qualquer forma, precisa chutar essa segunda pedra para manter o objetivo da reeleição de pé.
Passadas as questões da Câmara e das prévias, vem a terceira pedra, que são as eleições, onde será testada a aprovação de Alexandre Ferreira diante da população. Pesquisas não dão números animadores e trazem o prefeito em quinto lugar nas intenções de votos. Ele terá pela frente, possivelmente, adversários como Graciela David, Marco Ubiali e Gilson de Souza.
Mas Alexandre está, também quanto a isso, confiante. Tem números que contradizem as pesquisas, como a inauguração de várias creches, reformas em unidades de saúde, reformas de próprios, cursos de qualificação profissional e academias ao ar livre.
Só que é bom esclarecer: as pedras vêm uma a uma. E hoje o tucano terá que tentar chutar a primeira para depois pensar nas outras. Missão impossível? Não! Mas, haja botina para tanta pedra!