Em Franca, artistas circenses ficam sem salários na crise da pandemia

  • Joao Batista Freitas
  • Publicado em 26 de agosto de 2020 às 22:30
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 21:09
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Em razão da pandemia, o circo teve suas atividades suspensas, inclusive sendo ajudado pela população

O Circo Tihany Espetacular está no município de Franca/SP desde fevereiro de 2020, tendo estreiado seus espetáculos no dia 28

O escritório de advocacia Fidalgo & Pustrelo Advogados, por intermédio dos advogados  Renato Britto Barufi, Fabrício Facury Fidalgo e Rafael de Barros Pustrelo, ajuízaram reclamação trabalhista em favor dos funcionários do Circo Tihany.

A proposta da ação é de resguardar os direitos dos trabalhadores, pedindo arresto dos bens antes mesmo que eles voltem para o México..

Os artistas estão trabalhando mesmo sem ter espetáculos. Eles foram ordenados a realizar manutenção do circo. 

O pior é que os trabalhadores não estão recebendo pelas horas trabalhadas por conta da falta de espetáculos.

HISTÓRIA

O Circo Tihany Espetacular está no município de Franca/SP desde fevereiro de 2020, o primeiro espetáculo teve sua estreia na cidade no dia 28. 

Em razão da pandemia de COVID-19, teve suas atividades suspensas, inclusive sendo ajudado pela população francana com doação de alimentos. 

A reclamação aos advogados é de que os trabalhadores circenses estão em situação trabalhista irregular, sem registro em carteira de trabalho e, consequentemente, não recebem as verbas trabalhista, quais sejam: 13º, FGTS, Férias e outras. 

Após o mês de abril, o circo realizou reunião entre os artistas e funcionários e impôs uma redução de 70% dos salários. 

Não obstante, continuaram determinando que os funcionários trabalhassem em horário normal, realizando reparos na estrutura e ensaios de um novo espetáculo. 

A situação piorou em julho, ocasião em que os salários cessaram. 

Há duas semanas os artistas e trabalhadores foram reunidos para comunicado de que o circo que encerraria as atividades e retornaria ao México, sem o pagamento das verbas rescisórias (“acerto”), salario em atraso ou mesmo passagem de volta para os trabalhadores em retornarem para seus lares.

A maioria dos empregados são estrangeiros devidamente regularizados, haja vista que o circo está no país há décadas.

Os diretores do Circo não foram encontrados para pronunciar sobre o assunto.


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