Apps falsos de rastreamento de coronavírus podem roubar dados pessoais

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  • Publicado em 14 de junho de 2020 às 19:53
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:51
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Aparentemente, eles não são distribuídos por canais formais, mas por links em outros aplicativos ou sites

Pelo menos 12 aplicativos falsos de rastreamento, criados como ferramentas oficiais na luta contra a pandemia, foram baixados em todo mundo – inclusive no Brasil – para disseminar vírus capazes de roubar dados dos usuários, segundo especialistas em segurança cibernética. 

Uma vez instalados em smartphones, os apps “descarregam e instalam malwares” para “roubar senhas e dados pessoais”, afirmaram investigadores da empresa californiana Anomali.

Aparentemente, não são distribuídos por canais formais, como o Google ou as lojas de aplicativos da Apple, mas por links em outros aplicativos ou sites que incentivam o download.

“Atores mal-intencionados continuam reproduzindo os pedidos oficiais das autoridades para aproveitar a confiança que transmitem”, afirmou Anomali em comunicado. 

“O impacto global da pandemia de Covid-19 tornou o vírus um símbolo do medo. Esses atores exploram esse medo”, acrescentou a empresa. 

Governos de muitos países em associação com empresas desenvolveram aplicativos de rastreamento de contatos como mais uma ferramenta para conter a epidemia. 

Eles usam a tecnologias dos smartphones para determinar se os usuários estiveram em contato com uma pessoa infectada.

Na França, por exemplo, o StopCovid permite que uma pessoa que descobre que é portadora do vírus avise automaticamente todos os outros usuários com quem teve contato nas últimas duas semanas. 

Mas especialistas digitais, advogados e ativistas da liberdade veem esses aplicativos como o início de uma sociedade de vigilância, na qual algoritmos sabem tudo sobre as pessoas e constantemente  enviam instruções de como agir. 

A Anomali encontrou aplicativos falsos instalados em Brasil, Colômbia, Armênia, Índia, Indonésia, Irã, Itália, Rússia e Cingapura. 

Em alguns casos, os dispositivos foram apresentados como o aplicativo oficial do governo. 

Uma associação britânica emitiu um aviso semelhante no mês passado contra um aplicativo do Reino Unido. 

Desde o início da pandemia, aumentaram as ameaças cibernéticas que se aproveitam da vulnerabilidade dos usuários em busca de soluções e informações.

*O Tempo


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