Após período de baixa, exportações de café crescem 30% em agosto

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 13 de setembro de 2018 às 22:31
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:00
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Segundo balanço do Cecafé, 3,4 milhões de sacas foram vendidas para o exterior

Após um período de baixa, o setor do
café começou a mostrar sinais de recuperação. As exportações cresceram 30,4% em
agosto na comparação do mesmo mês de 2017.

Segundo balanço do Conselho dos
Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), 3,4 milhões de sacas foram vendidas
para o exterior. As receitas em agosto chegaram a US$ 470,6 milhões, uma
alta de 10% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O crescimento das
exportações representa, segundo o diretor-geral do Cecafé, Marcos
Matos, o início de uma safra melhor do que a dos últimos anos. De acordo com
ele, a safra começa oficialmente em julho, mas grande parte do café já foi
colhida e está agora sendo embarcada.

Os resultados mostram, por exemplo, a
recuperação das plantações do café tipo conillon. “Nós tivemos também o
conillon sentindo as consequências do déficit hídrico dos últimos anos”,
destacou Matos sobre um dos problemas que o setor enfrenta desde 2015.

Expectativa
de crescimento

Na avaliação do
diretor-geral, na safra 2018/2018, o Brasil deve confirmar as previsões da
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A estimativa aponta que a safra
corrente pode alcançar as 58 milhões de sacas, o que representaria um
crescimento de 30,1% em relação às 45 milhões de sacas da colheita anterior.

Matos acredita que, em 2018, as
vendas para o exterior fiquem no patamar de 34 milhões de sacas. No ano
passado, foram exportados 31 milhões de sacas. Para Matos, esse aumento é
importante para o Brasil manter a fatia que tem no mercado global, de 32,5% das
vendas globais, sendo o maior exportador mundial. “Para mantermos o nosso market
share nós temos que crescer”, enfatizou.

De acordo com ele, a demanda mundial
cresce a um ritmo de 2,2% ao ano. A produção brasileira é vendida para cerca de
130 países. Os Estados Unidos são o principal comprador – de janeiro a agosto
foram o destino de 17,5% das exportações, seguidos pela Alemanha (15,3%) e pela
Itália (9,3%).

Preços
mais baixos

No acumulado até agosto, as
exportações brasileiras totalizaram 20,5 milhões de sacas, uma alta de 4,5% em
comparação com o mesmo período do ano passado. No entanto, devido à queda
do preço do produto, as receitas tiveram uma queda de 7,5%, ficando em US$ 3,1
bilhões.

Em agosto, o preço médio da saca
ficou em US$ 138,2, uma queda de 15,6% em relação aos US$ 163,8 negociados no
mesmo período de 2017.


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