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​A APAE Batatais divulgou, recentemente, um balanço das atividades realizadas pela Escola de Educação Especial em 2018. A área atendeu, ao longo do ano, 97 alunos com deficiência intelectual associada a graves comprometimentos e que necessitavam de apoio especializado além do ofertado na escola comum.

Os alunos são atendidos por meio dos programas de Educação Infantil e Ensino Fundamental. No ano passado, o Programa de Educação Infantil atendeu 14 alunos, com idades até 5 anos e 11 meses. A coordenadora de educação da APAE, Eliana Luiz, explica que o trabalho nesta fase escolar é pautado no Inventário Portage. “O objetivo é o desenvolvimento do aluno nas áreas de socialização, motora, linguagem, cognição e autocuidados, envolvendo os familiares, responsáveis e também a comunidade”, esclarece.

Já no Ensino Fundamental, em 2018, a instituição atendeu 83 alunos com idades entre 6 e 30 anos. Nesta fase escolar, a APAE adota como suporte a metodologia do Currículo Funcional Natural. “Por meio deste método focamos em atividades práticas do contexto diário para que os alunos desenvolvam habilidades funcionais”, diz a coordenadora.

De acordo com Eliana, os trabalhos são realizados com a participação efetiva das famílias e avaliados semanalmente por uma equipe composta por professores, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e monitores. Essa atenção propicia aos alunos uma evolução gradativa que é acompanhada bem de perto, frequentemente, buscando realizar intervenções rápidas de acordo com as necessidades e habilidades apresentadas por cada aluno.

Ainda segundo informações do setor, em 2018 quatro alunos foram incluídos nas redes municipal e estadual de ensino, sendo três na educação infantil e um no ensino fundamental. “A inclusão precisa acontecer de maneira efetiva nas escolas, mas precisamos pensar que temos alunos que necessitam de atendimentos educacionais especializados que a rede comum ainda não consegue ofertar”, afirma a coordenadora.

O Ensino Fundamental é mantido com verbas da Secretaria de Estado da Educação, com um aporte anual de R$ 504.629,44; e a Educação Infantil com repasses municipais na ordem de R$ 103.599,93 por ano. Atualmente, o valor de investimentos próprios está estimado em R$ 212 mil, uma vez que o custo médio per capta anual de um aluno está na casa dos R$ 8.056,58, ante o valor de R$ 4.505,32 per capta/ano repassado pelo governo estadual.

Assim como acontece em todas as áreas da instituição, o setor depende da captação de recursos junto à comunidade para manter os atendimentos ofertados.

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