Animais de estimação também podem desenvolver diabetes

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 27 de novembro de 2017 às 19:09
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:27
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Beber mais água que o normal, excesso de urina, cansaço e fadiga são alguns sintomas da doença em cães e gatos

​O ser humano nem sempre consegue suportar os impactos do cotidiano ou mesmo lidar com todas as emoções que fazem parte da vida. Quando menos se espera, o corpo dá sinais de que há algo errado acontecendo, ou, às vezes, ele simplesmente não avisa nada. Isso também ocorre com a diabetes, em algumas situações ela tem sintomas mais discretos, em outros momentos eles vêm acentuados. 

Para os dois casos, é necessário conhecer este terreno habitável chamado corpo e, principalmente, ser sensível o suficiente para perceber seus alertas.

Com o animalzinho de estimação não é diferente, é preciso atenção e cuidado para tratar doenças como a diabetes . A prevenção está correlacionada com o conhecimento da doença e com a percepção astuta, pois só ela é capaz de detectar indícios.

A diabetes, doença tão popular, é ocasionada por uma falha na produção de insulina, hormônio responsável por processar a glicose que entra no sangue. Sem a glicose, molécula de carboidrato que disponibiliza energia, o corpo não é capaz de realizar algumas ações importantes, como processar compostos orgânicos presente nos alimentos e garantir a reprodução saudável das células. Ela é séria, nos adultos e nos animais, e exige tratamentos específicos.

Diabetes nos animais

Entre os cães, é mais comum nos de meia idade, idosos e cadelas. Os gatos também estão sujeitos a desenvolver a doença, entretanto a probabilidade é maior entre os machos castrados. Ambos independem de raça. A doença é caracterizada por dois tipos:

Tipo 1           

É dependente de insulina;

Acontece quando o próprio corpo se responsabiliza por destruir os depósitos onde produz a insulina;

Este tipo, na maioria dos casos, acontece nos cães.

Tipo 2 

 O pâncreas consegue liberar insulina, mas o organismo resiste a ela; 

Não permite que a insulina funcione corretamente; 

Este tipo é mais frequente em gatos. 

Em ambos o sintoma mais comum é o excesso de urina, chamado de poliúria. Isto se dá, pois, sem a insulina fazendo seu papel, os rins não conseguem absorver a molécula de glicose e o animal passa a urinar mais que o costume. Outro sintoma é a maior ingestão de água e, em casos mais extremos, aumento do cansaço e fadiga do pet. 

A meta do tratamento da diabetes é minimizar os sinais clínicos da doença, o risco de hipoglicemia e o desenvolvimento de complicações em longo prazo.

O tratamento pode ser dividido em duas etapas: a primeira parte determina a dosagem correta de insulina, bem como uma rotina diária adequada, que vá de acordo com as especificidades de cada caso; a segunda etapa é a manutenção da primeira. É necessário o cumprimento de todos os requisitos impostos pelo veterinário, além do monitoramento regular do animal. Só assim será possível acompanhar a evolução do tratamento e planejar as adaptações necessárias para sua rotina. 

É importante ressaltar que, para que os métodos sejam eficazes, é necessário que o tutor o siga de maneira pontual. Um aliado interessante é o conhecimento. Pesquisar sobre a diabetes, entender seus princípios e sempre pedir orientação para um veterinário de confiança. Além disso, fazer o possível para que o pet tenha uma rotina saudável, com alimentação equilibrada, bem-estar e muito amor e carinho, já que estes fatores também influenciam no controle glicêmico.