Aluguel deve sofrer reajuste de 0,20% no mês de abril, segundo IGPM

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 1 de abril de 2018 às 01:46
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:39
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IGPM acumulado nos últimos 12 meses tem reajuste de 0,20% e deve impactar contratos de aluguel

Os contratos de aluguel que passam por
reajustes no mês de abril deverão sofrer aumento neste ano. Isso porque o
total acumulado pelo IGPM (Índice Geral de Preços – Mercado) nos últimos
12 meses ficou em 0,20% puxado fortemente pela alta no mês de março de 0,64%.

O
índice calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) é o principal indicador
utilizado em contratos de locação residencial que sofrem reajuste anualmente.
Na prática, os locatários com contratos sob essa regra que desejam saber quanto
devem começar a pagar de aluguel a
partir de abril podem multiplicar o valor atual por 1,002. Sendo assim, um
locatário que pagava R$ 1500 até março deverá pagar R$ 1503 no mês seguinte.

Essa é a primeira vez que o IGPM acumulado nos últimos 12 meses
indica um aumento desde junho de 2017, ou seja, todos os contratos
atualizados nos últimos nove meses que usaram o mesmo fator de cálculo tiveram
uma correção de valores para baixo.

Apesar do aumento, o reajuste foi
interpretado como um sinal muito tímido de recuperação do
setor
imobiliário. Em
comparação com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor), utilizado para medir a
variação dos preços de mercado para o consumidor final em vários segmentos como
alimentação, educação e transporte, por exemplo, o IGPM ficou bem abaixo. No
acumulado dos últimos 12 meses (entre março de 2017 e fevereiro de 2018) o IPCA
foi 2,84%. Os resultados consolidados incluindo o mês de março ainda não foram divulgados
pelo IBGE.

O IGPM é
calculado com base em três outros fatores. O IPA (Índice de Preços ao
Produtor Amplo) tem peso de 60% na conta e fechou com aumento de 0,89% no mês.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) representa 30% da conta e subiu 0,14% em
março. Já o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) tem peso de apenas
10% e também registrou alta de 0,23% nesse mês.


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