Alopecia areata atinge sistema imunológico e vai além da perda de cabelos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 25 de novembro de 2017 às 12:05
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:27
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Doença causa alteração que pode atingir barba, sobrancelhas, bigode, cílios e até perda total de pelos

A alopecia areata é uma doença inflamatória associada a alteração no sistema imunológico, que ataca e destrói o tecido corporal sadio por engano. Nesse caso, os alvos de ataque são as estruturas que formarão os pelos. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o problema afeta de 1 a 2% da população, podendo acometer ambos os sexos. Quando nos referimos à doença, a maioria das pessoas a relaciona à queda dos fios ou às falhas no cabelo. No entanto, ao contrário do que se pensa, o distúrbio acomete não só o couro cabeludo, mas também outras partes como sobrancelhas, barba, bigode, cílios e pelos do corpo. Há casos em que todos os pelos do corpo caem e a pessoa fica completamente sem pelos (Alopecia Universal).

Na alopecia areata, a perda de pelos acontece em áreas arredondadas ou ovais do couro cabeludo ou outras partes do corpo e é muito conhecida popularmente como “pelada” ou “peladeira”.

Apesar de ser caracterizada pela perda de cabelo, este é apenas um sintoma da alopecia areata. Algumas pessoas também podem sentir uma sensação de queimação ou coceira na região em que houve a queda. A alopecia areata é mais frequentemente observada no couro cabeludo, mas também pode ocorrer em outros locais como na barba, sobrancelhas, braços e pernas.

Os pontos onde houve a queda de cabelo são lisos e arredondados. Pode haver uma coloração rósea também na região.

Podem ser notadas também alterações nas unhas: pequenas alterações no relevo da superfície da unha, com aspecto de “furinhos”, chamados depitting.

A doença também pode estar associadas a outras auto-imune, como lúpus, vitiligo e tireoidite.

Se a perda de cabelo não for total, o cabelo pode crescer novamente dentro de alguns meses, sem tratamento. No entanto, o tratamento é recomendado em quase sempre todos os casos, pois geralmente a região em que ocorre queda não costuma mais nascer cabelo.

No caso de perda de cabelos mais intensa, não está claro o quanto o tratamento pode ajudar a mudar o curso da situação.

Os tratamentos comuns e que estão disponíveis incluem: injeção de esteroides sob a superfície da pele, medicamentos aplicados à pele, terapia com luz ultravioleta, medicação administradas por via oral.

É comum a recuperação total dos cabelos, embora isso possa levar algum tempo, dependendo do paciente. No entanto, algumas pessoas também podem ter um resultado ruim, principalmente quando a pessoa afetada for jovem ou apresentar dermatite atópica e perda total de cabelos do couro cabeludo ou de pelos do corpo.

Além disso, se o tratamento não surtir efeito ao longo de muito tempo, pode ser ainda mais difícil para a recuperação.


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