Alimentação interfere na chegada da menopausa, segundo estudos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 6 de maio de 2018 às 01:25
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:43
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Consumo de peixes e leguminosas atrasaria a chegada do climatério, enquanto carboidratos adiantariam

A menopausa chega em idades diferentes para cada mulher e,
apesar de ter vantagens e desvantagens para isso, um estudo mostrou que a
alimentação pode interferir diretamente na chegada desse
momento.

O
estudo foi realizado pela Universidade de Leeds, no Reino Unido, e publicado no
periódico “Journal of Epidemiology and Community Health”. Nele, os cientistas
avaliaram a saúde, alimentação e histórico reprodutivo de 914 mulheres,
acompanhando-as quatro anos depois, quando entraram na menopausa, para comparar os resultados e ver se as
mudanças exerciam algum efeito no fim da vida fértil delas.

Apesar
de a maioria delas ter atingido a etapa aos 51 anos de idade, os pesquisadores
notaram que a alimentação teve um papel significativo.

Viram que mulheres que ingeriam mais peixes oleosos e
leguminosas (feijões, ervilhas, grão-de-bico, entre outros) entraram no climatério três anos mais tarde do que a média.
Por outro lado, aquelas que consumiam mais massas, arroz branco e carboidratos
refinados em geral, tiveram sua atividade fértil encerrada um ano e meio antes
das outras participantes.

Entretanto, os cientistas afirmam que, apesar de
influenciar, ainda não se sabe exatamente qual é o peso real da
alimentação nisso tudo e que não é necessário que as mulheres mudem suas
dietas baseadas exclusivamente nesses resultados, desde que estejam saudáveis.

Além disso, existem outros fatores que contribuem para a
chegada da menopausa e que são inevitáveis, como a genética – a qual não foi
levada em consideração durante o estudo e poderia alterar as conclusões.

Explicações

Ainda que a pesquisa não consiga determinar completamente o
motivo dos resultados serem o que são, ela oferece algumas hipóteses.

Pondera que leguminosas e peixes, por conterem
propriedades antioxidantes, contribuiriam para a permanência da menstruação e o
atraso da chegada da
menopausa. Já os carboidratos refinados, que aumentam o risco de
resistência à insulina, poderiam interferir nos níveis de estrogênio e
progesterona, elevando a quantidade de ciclos menstruais e, consequentemente,
esgotando o estoque de óvulos do corpo mais rápido, adiantando o climatério
(lembrando que a mulher já nasce com todos os óvulos que expelirá durante toda
a vida).


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