Alexandre Garcia: coronavírus já afeta 210 milhões de brasileiros

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 19 de março de 2020 às 19:19
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 20:30
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O jornalista fala sobre o impacto do coronavírus na economia e de como é preciso equilíbrio para não desandar

​Depois de o governo federal ter decretado estado de emergência, os governos estaduais estão se mobilizando para fazer o mesmo. 

É muito bom, pois destina os recursos para a Saúde, mas também é arriscado porque derruba os limites de gastos, fixados por leis rígidas do orçamento.

Foi bom: o Copom baixou os juros, o que significa juros mais baixos em geral, além do que esperava o mercado. Além disso o governo foi lá e anunciou a suspensão de tributos, taxas e impostos.

Vimos o combustível caindo e flexibilização de acordos trabalhistas, mais prazos para o  pagamento de dívidas e mais crédito sendo oferecido, o que é bom para manter a economia estimulada.

Por outro lado, o povo precisa comer, pois sem nutrição se enfraquecer ante o vírus.  Neste sentido, o agro vai continuar trabalhando como sempre trabalhou, nunca parou, produzindo alimento para a população.

Equilíbrio

É preciso dosar essa parada, pois parece que há um medo, um pânico na atividade econômica. 

Há milhões na idade ativa, em idade fora de risco e que ‘tira de letra’ o vírus. 

Mas é preciso ter cuidados, evitar contágio, evitar a proliferação de casos e proteger os grupos de risco, mas não dá para parar a atividade econômica, que é o que gera arrecadação ao governo.

O governo tem uma reserva, mas ela acaba porque o governo não cria riqueza. Quem cria riqueza é quem trabalha, quem produz. Não pode haver um pânico quase neurótico sobre este assunto.

É bom lembrar que no ano passado, a H1N1 matou 1.109 brasileiros, o que dá 3 por dia e isso não afetou a atividade econômica. 

Nesse momento, comprovadamente não há 1.000 casos de brasileiros infectados por esse coronavírus, mas a gente já vê que 210 milhões de brasileiros já foram afetados por ele.


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