Alerta: Doenças Vasculares Periféricas podem atingir até 20% da população

  • Entre linhas
  • Publicado em 23 de março de 2019 às 09:53
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 19:27
compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin

Sintomas como dificuldade para andar, manter-se em pé ou ainda o súbito aparecimento de dor são alertas

A Doença Arterial obstrutiva Periférica (DAOP) engloba um conjunto de doenças que cursa com a obstrução das artérias dos membros, com graves consequências para todos os territórios do corpo. É agravada por fatores de risco conhecidos, todos ligados à aterosclerose, sua principal causa, como o fumo, diabetes, hipertensão, hipercolesterolêmica, obesidade e vida sedentária. O Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a obstrução das artérias de pernas que pode levar a amputações são bons exemplos disso.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), esse problema atinge em torno de 15% a 20% da população com mais de 55 anos.  

O acúmulo local de gordura determina a perda de elasticidade da parede dos vasos sanguíneos e pode obstruí-los em diferentes percentuais, prejudicando a circulação local.

“Dor na perna durante a caminhada, de qualquer tipo, deve ser sempre avaliada por um especialista. Além da dor, outros sinais, como a alteração da temperatura (fria) e cor (pálida) da pele, perda de pelos, unhas quebradiças ou o aparecimento de feridas de difícil cicatrização ajudam a identificar o problema”, explica Airton Mota, médico do CRIEP – Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa.

Dentre as opções de tratamento, a mudança no estilo de vida para minimizar fatores de risco é extremamente importante. Atitudes simples, como parar de fumar, praticar exercícios físicos e adotar dieta saudável são úteis.

Havendo necessidade, o médico poderá optar inicialmente optar pelo uso de medicamentos para a circulação com atividade física orientada para estimular a formação de novos vasos.

Com progressão da doença, que é muito acentuada pelo ato de fumar, pode haver a necessidade de outros tratamentos. A abordagem minimamente invasiva por meio da Angioplastia, que consiste na dilatação de estreitamentos produzidos pelas placas ou colocação de stent (semelhantes aos utilizados no coração) para manter os vasos abertos, representa ótima alternativa.

Esse tratamento poder ser realizado sob anestesia local com um mínimo tempo de internação, se comparado aos procedimentos cirúrgicos convencionais.

“Estes procedimentos estão ao seu alcance por meio da Radiologia intervencionista. Foram criados para desobstruir artérias dos membros, melhorar ou aumentar o fluxo de sangue na região, permitindo tratar os sintomas isquêmicos e salvar ou tentar salvar o máximo de membro viável”, finaliza Airton Mota.