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Adermis é mais contundente e afirmou que não dá para o PSDB ficar em cima do muro
Os tucanos divergem sobre a questão do partido ficar ou deixar a base de apoio do governo federa. O vereador francano Adermis Marini defende o desembarque e que não há condições de ficar após a divulgação das gravações de conversas do presidente Michel Temer com o empresário Joesley Batista, da JBS.
Já o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado, 17, que o seu partido está comprometido com a retomada do crescimento da economia e do nível de emprego no País, e não com a figura do governo do presidente Michel Temer.
“O PSDB deixou muito claro que o compromisso dele não é com o governo, é com o País”, disse o tucano, em conversa com jornalistas após participação no XXXVIII Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. “Vamos ajudar na questão das reformas.”
Alckmin citou a reforma trabalhista, que, segundo ele, está perto de ser concluída e ajudará a estimular a geração de empregos e diminuir a informalidade. “Vamos monitorar permanentemente os desdobramentos dos acontecimentos”, ressaltou.
Questionado a respeito do posicionamento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – ao longo da semana, o presidente de honra do PSDB defendeu que Temer proponha eleições diretas antecipadas -, o governador avaliou que tal cenário é uma alternativa possível, mas que demanda uma mudança constitucional.
“Você precisa mudar a Constituição e terá de fazê-lo até setembro”, disse o governador de São Paulo, ressaltando que alterações na legislação eleitoral devem ser feitas com um ano de antecedência. “E tem que aprovar na Câmara e no Senado, em duas votações. Não é fácil, mas é uma hipótese.”
Adermis é mais contundente e afirmou que não dá para o PSDB ficar em cima do muro. “Acho uma posição vergonhosa do meu partido, de empurrar com a barriga. Participei de todas as reuniões e 80% dos membros são contrários à continuidade de Temer”, disse.