Adolescentes e jovens adultos se sentem mais solitários que idosos

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 4 de junho de 2018 às 00:42
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:47
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Impactos da solidão podem até aumentar as chances de morte prematura entre jovens em até 50%

Muitas pessoas podem
acreditar que os idosos são os maiores alvos da solidão. Isto porque,
comumente, essa parcela da população é impactada com a morte de seus parceiros,
sofrem com o abandono e também tendem a sair menos de casa por conta da saúde
fragilizada. Porém, segundo um estudo publicado pelo Business Insider, o
público que mais sofre com a solidão são os adolescentes e jovens
adultos.

A solidão pode ser sentida por pessoas que estão rodeadas de
amigos, e até mesmo casadas. Isto porque muitas vezes, indivíduos jovens podem
se sentir deslocados dentro de seus círculos sociais, não se identificando com
os colegas a sua volta. O mesmo serve para o casamento: Muitas vezes, a
qualidade do relacionamento faz com que nos sintamos sozinhos mesmo estando com
alguém.

Solidão faz mal para a saúde

Independente de quem
sinta a solidão, ela traz malefícios para o corpo e mente. Por exemplo, um
estudo publicado pelo periódico PubMed Central, mostra que sentir-se solitário
pode aumentar os níveis de hormônios causadores do estresse, que estão
relacionados ao surgimento de doenças cardíacas, diabetes e demência. Um outro
estudo publicado pela Associação Americana de Psicologia, revelou que a solidão
aumenta os riscos de morte prematura em até 50%.

Por mais que os idosos não
sejam as principais vítimas da solidão, é necessário atentar-se a saúde deles.
Indivíduos maiores de 65 anos apresentam maiores riscos de desenvolver
problemas de saúde, e podem ter o bem-estar ainda mais fragilizado caso
sintam-se frequentemente solitários.

Solidão na fase adulta

Segundo um estudo
feito pela Universidade de Chicago, apenas 30% dos adultos sentem-se solitários
frequentemente. “Adultos e idosos não devem ser o único foco quando
estudamos os efeitos da solidão e do isolamento social. Precisamos buscar os
efeitos da solidão em todas as idades, até porque, nossas pesquisas indicam que
o público jovem sofre mais do que se pensava com os efeitos da solidão”,
diz Holt-Lunstad, uma das autoras do estudo, em entrevista ao The New York
Times. “É necessário que reconheçamos que socializar-se com outros é uma
necessidade humana básica. Não podemos excluir os riscos existentes em ser uma
pessoa socialmente isolada, mesmo que esta pessoa não se sinta solitária”,
acrescenta Holt.

Estar sozinho x estar solitário

Estar sozinho e estar solitário são duas coisas diferentes. Por mais que pessoas idosas possam estar sozinhas a maior parte do tempo, isto não significa que elas estão infelizes em relação a isso. É preciso autoconhecimento e autoestima para entender a importância de aproveitar a própria companhia, e por conta da idade, os idosos tendem a ter mais experiência e resiliência frente a este assunto.


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