Ácido tranexâmico é o novo queridinho no combate ao melasma

  • Cesar Colleti
  • Publicado em 20 de julho de 2018 às 00:19
  • Modificado em 8 de outubro de 2020 às 18:52
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Famoso anticoagulante agora é usado em cremes e comprimidos para clarear a pele

Famoso por tratar ou evitar
hemorragias, o ácido tranexâmico oral adquire um novo uso na dermatologia:
tratar o melasma e as manchas.

Além disso, sua aplicação é
estendida e ele pode ser usado de maneira tópica em cremes clareadores. “O
ácido tranexâmico foi recentemente introduzido como uma terapia tópica
destinada a reduzir a pigmentação no melasma, hiperpigmentação pós-inflamatória
(HIP) e hiperpigmentação. Ele age no bloqueio dos comunicadores inflamatórios
responsáveis pelo processo de hiperpigmentação e, em estudos, esse ácido
mostrou uma importante redução da atividade da tirosinase, enzima chave da
síntese de melanina (pigmento que dá cor à pele)”, afirma a dermatologista Dra.
Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia
Americana de Dermatologia.

De acordo com Lucas Portilho,
consultor e pesquisador em Cosmetologia, farmacêutico e diretor científico da
Consulfarma, o ácido tranexâmico tópico se mostrou eficaz como adjuvante no
tratamento do melasma. “Em estudo, mulheres com melasma foram submetidas a
quatro sessões mensais de luz pulsada associadas à aplicação tópica de ácido
tranexâmico a 2%. Após a última sessão de luz intensa foi observada redução
significativa do MI (Índice de Melanina) e do MASI (Índice de Área e Severidade
do Melasma) nas regiões tratadas com o ativo. Além disso, a aplicação tópica do
ingrediente preveniu a ocorrência de pigmentação rebote após as sessões de luz
pulsada”, afirma o pesquisador.

A substância é prescrita de
forma oral, usada em consultórios de forma injetável ou drug delivery
(aplicação após lasers e microagulhamento), agora figura entre os principais
lançamentos de cremes clareadores.