​A Fuvest vem aí. E se você não estivesse nem aí?

  • Língua Portuguesa
  • Publicado em 24 de novembro de 2017 às 09:28
  • Modificado em 8 de abril de 2021 às 14:20
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A Fuvest é concorrida? É. Há as “feras”? Há claro. Você está com um friozinho na barriga? Que bom! Você acabou de descobrir que é um ser humano. Todo mundo disse que não seria fácil, no entanto algumas pessoas tornam tudo mais difícil. Por quê? Porque acreditam que somente aulas e apostilas passam alunos no vestibular. Por isso, o cansaço físico, que gera o cansaço mental, que gera a ansiedade, que gera o nervosismo.

Tenho visto alunos que entraram para fazer as provas relaxados, logicamente passaram, não queriam cursar aquela faculdade. Tenho visto ótimos alunos que não passaram ainda em uma determinada faculdade, “travaram” na hora da prova, lógico, aquele era o sonho de consumo. Muitos passam mal, assim que abrem a prova, pulam questões, quando vão marcar o gabarito.

A Fuvest uma prova que mete medo muito mais pela “mística” crida em torno dela, do que pela complexidade das questões.

As obras da listagem oficial são exploradas? Sim, e de diversas formas: analogias entre as características das personagens, fatos, clímax etc.

São comuns textos de críticos literários que colocam em cheque algum aspecto importante da obra. São constantes as relações entre as obras e outras disciplinas, como história, filosofia, sociologia, geopolítica, panorama histórico e cultural. Geralmente não é cobrada a leitura da obra, mas sim a capacidade de o aluno reconhecer aspectos gerais de cada uma. Por exemplo, a postura de determinadas mulheres se revela muito próxima: Ondina (Mayombe), Rita Baiana, Leonie e Pombinha (Cortiço) têm postura libertária; ao contrário delas, Iracema, mostra-se submissa. Xenofobia contra os portugueses é clara em Mayombe e Cortiço.

Há, pelo menos, dois textos longos, portanto o seu maior inimigo é o tempo. A gramática aparece, porém a maioria das questões pode ser respondida, a partir da leitura dos textos. As afirmativas categóricas “somente”, “nunca”, “jamais” servem para as “pegadinhas”. Quase sempre estão na opção errada.

Na Fuvest 99% dos alunos estão cansados, nervosos, com medo, um com medo do outro. O mesmo medo que você tem do concorrente, ele tem de você. Pesa mais lado psicológico. Pode ser baboseira, não é? Então largue o seu umbigo e olhe para o lado. Você pode ser o melhor do mundo, sem confiança, torna-se o pior. Observe: aquele sujeito “nem aí”, que você jamais apostaria nele, passa.

Prof. Luiz Cláudio Jubilato.

É consultor pedagógico e diretor do Criar Redação.


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